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Estamos na final!
Ponto de ordem: com o resultado de ontem, Portugal, será uma das duas melhores seleções da Europa. Isto para a nossa autoestima é muito bom, pois os emigrantes só se podiam orgulhar de serem cidadãos de um dos países mais corruptos do mundo.
Segundo ponto de ordem: gostava bastante que ganhássemos à Alemanha na final, principalmente porque ficaria muito feliz se visse Passos Coelho a sofrer. Depois ninguém gosta de ver um cidadão alemão a fazer a festa em nossa casa.
Entrando no que interessa, Fernando Santos acompanhou Ronaldo e disse "que se fo*#", e experimentou a pôr a jogar os melhores jogadores. Como qualquer pessoa, um treinador também está sempre a aprender, e o selecionador aprendeu que, se puser os melhores jogadores em campo, há o risco da equipa melhorar, como tem acontecido.
Fernando Santos é um homem de palavra! Coisa rara nos tempos que correm. De repente, que me lembre, o último homem que prometeu alguma coisa em Portugal e cumpriu foi o Manuel Palito. Imaginem que Fernando Santos trabalhava no Expresso e tinha prometido divulgar os nomes do "Panamá Papers". Hoje já sabíamos quem eram os jornalistas que Ricardo Salgado abonava para darem notícias fofinhas sobre o BES. Assim, só temos…"jornalistas". Tomáramos nós que António Costa fosse como Fernando Santos. Por exemplo, António Costa, prometeu devolver o IRS dentro dos prazos, o que já não vai suceder, segundo o governo, "por problemas informáticos" (são os mesmos computadores que Passos Coelho usava - de certeza). No entanto, prometeu igualmente que Domingo iria assistir ao jogo decisivo, mas aqui tenho uma fezada que não vai falhar a promessa. Dentro deste espírito festivo, o mínimo que espero do primeiro-ministro, e não duvido que o irá fazer, é que convide para viajar no seu avião, todos os portugueses que tinham tudo programado para se deslocarem a França para assistir ao jogo da final, mas estavam à espera da devolução do IRS para o fazerem. Curiosamente são os mesmos a financiar tão belo passeio.
Agora que alcançamos o jogo mais desejado, ficava bem o selecionador nacional agradecer a quem nos carregou até esta final e tão esquecido tem sido: falo obviamente de Arnor Traustason. Este senhor com nome de pomada para o reumático, marcou o golo da Islândia ao 94 minutos, que nos colocou a defrontar seleções onde Fernando Santos em vez de dizer os nomes dos adversários, falou no 8, no 7, no 15, no 24, etc. A seguir, para variar, vamos enfrentar uma seleção (França ou Alemanha) em que a maioria dos jogadores não tem o objetivo de tirar uma selfie com Cristiano Ronaldo. Vai ser interessante analisar esta nova realidade.
Eu admito que não tenho sido um fã do futebol da seleção, mas ao ouvir Quaresma fiquei radiante. Disse o extremo, que aos críticos, a única coisa que tem para dizer é: "convidá-los para ir ver a final". Caro Quaresma, Domingo às 11 em frente ao Colombo. Sou o de camisa preta e sabrinas, só para ser mais fácil identificar.
Podem dizer o que quiserem, mas a evolução do futebol luso tem sido como aquela senhora que parecia um chouriço embalado em papel de jornal, que conseguiu enganar um para casar, mas que depois do divórcio, surge como um paio fumado, premiado na feira do enchido de Paio Pires. Começou no ginásio, passou a namorar o jardineiro da câmara municipal, mete fotos no "face" a fazer boquinhas, e arranjou um email, loba.madura69@gmail.com, condizente com o novo estado de espírito. Ou seja, é a vizinha do 5º andar que ninguém dava nada por ela, mas que depois confirmou o potencial que desconfiávamos que tinha.
Para terminar, Gareth Bale foi para casa; Messi levou 21 meses de cadeia, por andar a "fintar" o fisco"; e Ronaldo… continua a ser o melhor do mundo.
Também queria ter falado sobre o desvio de três mil milhões da Caixa Geral de depósitos, que todos temos de ir lá cobrir, mas o que é isso ao pé da qualificação para a final?
Força Portugal!
PS - Estimada comunicação Social: vamos parar com a conversa de que os jogadores carregam o "sonho do povo português em vencer o europeu". O sonho é deles. É a profissão deles. Nós só gostamos de bola. Parem de tentar que "bola" seja mais que "bola". Os portugueses querem ganhar o europeu, é um facto, mas acreditem, que os "sonhos" dos portugueses, andam longe, muito longe, de passarem por aqui. Se formos campeões, todos iremos continuar na mesma, o país na mesma, e a vida de cada um…na mesma. Os "sonhos" passam por nós e os nossos terem saúde, haver trabalho, sermos felizes, etc. Vamos com calma, a sério.
Os óscares portugueses também se realizaram ontem, mas passaram despercebidos devido a não terem o impacto dos de Hollywood. Para os que sentem curiosidade em saber quais foram os grandes vencedores nacionais, deixo a lista. (Tal como nos óscares que acontecem nos EUA, as categorias mais aguardadas ficam para o fim.)
- CANÇÃO ORIGINAL: Jorge Palma: "Encosta-te a mim". Música que António Costa dedicou a Jerónimo de Sousa para formar o Governo de Esquerda.
- SOM: "Friends Will Be Friends". Música sobre uma ternurenta relação de amizade entre dois homens: José Sócrates e Carlos Santos Silva.
- BANDA SONORA ORIGINAL: "Canção do Beijinho - ora dá cá um e a seguir dá outro, que só um é pouco", do filme, "Tudo Bons Rapazes", venceu. Conta a narrativa de Carlos Costa, Presidente do Banco de Portugal, que depois do BES, ainda deixa falir um segundo banco, o Banif.
- EFEITO SONORO: "Geringonça". No filme:"O Governo de Esquerda é Ilegal".
- FOTOGRAFIA: "Vistos Gold". Uma fotografia chega para nos lembrarmos no futuro.
- EFEITOS VISUAIS: Centros de Emprego.
- MONTAGEM: Todo o encadeamento intricado do filme, "A Teia", seduziu a Academia. Conta como Ângelo Correia fez a "montagem" de dois incapazes, Passos Coelho e Miguel Relvas, dois dos homens mais poderosos do país.
- EFEITOS VISUAIS: Mário Centeno vence com estrondo através do filme: "Ilusão de Óptica". É-nos mostrado que o aumento do imposto sobre os combustíveis, não é um aumento de impostos.
- MELHOR GUARDA-ROUPA: Paulo Portas e o seu inseparável "Colete Acolchoado Verde" conquistou o júri. O mala do carro do "Perna" para transportar "envelopes" também colheu agrado.
- MAQUILHAGEM: O filme, "A Absolvição de todos os arguidos no caso dos submarinos", foi um momento de maquilhagem que deixou a Academia de boca aberta. "A Culpa da Falência do BES, é do Contabilista", não deixou igualmente os jurados indiferentes. "Justiça Portuguesa", voltou a perder por pouco na categoria "Maquilhagem".
- CENOGRAFIA: "Parlamento".
- FIGURINOS: O Povo Português em "Querida encolhi-lhes os rendimentos". Fala sobre um povo que tem resistido a primeiros-ministros e presidentes da república, que não lhes permitiriam gerir a caixa dos donativos de um presídio.
- DOCUMENTÁRIO DE CURTA METRAGEM: Venceu, "Taxi Driver: Assunção Cristas na liderança do CDS". "Um dia de trabalho de um político", não ganhou por uma unha negra.
- DOCUMENTÁRIO DE LONGA METRAGEM: Venceu sem grande surpresa: "Como Falir 4 bancos (BES/BPN/BPP/BANIF) sem ninguém ir Preso". Outro dos favoritos, "Criminalização do Enriquecimento Ilícito", talvez por todos os anos ir a votos, e para o ano estar lá de novo, voltou a não ganhar. É um documentário com mais de 30 anos que promete sequela.
- CURTA METRAGEM DE ANIMAÇÃO: Para os mais jovens, a paródia, "Alibabá e os 40 amiguinhos", não deu hipóteses. Uma historinha enternecedora que versa sobre Miguel Relvas querer ser dono de um banco, pertencente ao "Universo BPN", pedindo inclusivamente ao Banco de Portugal que lhe passasse um documento a dizer que é uma "Pessoa Idónea".
- LONGA METRAGEM DE ANIMAÇÃO: "Os Portugueses Vivem Acima das Possibilidades", arrebatou todos. "Políticos e Dirigentes Superiores Ganham Mais do que há 4 anos ", foi eliminada à última da hora porque poderia traumatizar os mais pequenos.
- ARGUMENTO ADAPTADO: Sem espanto: "Uma Mente Brilhante". Relata a história de um homem que depois de afundar um país, vai estudar para Paris e escrever um livro, tudo à conta de um amigo. Ricardo Salgado em: "Eu Não Sabia de Nada" (do que se passava no BES), esteve quase a ganhar. Inspirado na história do BPN, em que também ninguém sabia de nada, teve bastante aceitação por parte da crítica.
- ARGUMENTO ORIGINAL: "Amnésia", de Marques Mendes. Um homem que não se recorda que abriu empresas nem a Fundação envolvida no caso "Tecnoforma", tocou no coração de todos.
- MELHOR DIREÇÃO ARTÍSTICA: Angela Merkel no filme, "Pedro Marioneta", que conta a história do boneco que se mexia sem fios.
- MELHOR FILME ESTRANGEIRO: "Lista de Shindler". Uma película do Senhor Shauble, Ministro das Finanças Alemão, que refere os "perigos de Portugal sair do rigor orçamental", no que diz respeito a levantar a austeridade ao povo.
- MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA: Venceu Mariana Mortágua em, "Dura de Roer". Fez perguntas a Ricardo Salgado que muitas crianças de 5 anos fariam, mas que alguns deputados do "arco da governação" não fizeram, porque estavam com o rabo entalado.
- MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO: Paulo Portas no inesquecível papel, "O irrevogável", não encontrou dificuldades em abafar a performance de António Costa no, "Quem Quer Ser Primeiro Ministro".
- MELHOR ACTRIZ: Nossa Senhora de Fátima no papel de "Conselheira" de Cavaco Silva. Era a Nossa Senhora o garante das boas decisões do homem "que nunca se enganava e nunca tinha dúvidas , desde que não fosse no caso BES. Sobre o tema do BES Cavaco Silva também esteve nomeado com o filme: "Ensaio Sobre a Cegueira".
- MELHOR ATOR: É como um prémio carreira agora que vai abandonar a 7ª arte. Cavaco Silva venceu com, "Os Homens do Presidente". Retrata a história de um Presidente que teve como conselheiros de estado, Duarte Lima, Luís Filipe Menezes, Oliveira e Costa, Dias Loureiro, etc…O Juiz Carlos Alexandre em "Exterminador Implacável" era outro dos favoritos. Esperamos que exista continuação e que para o ano possa vencer.
- MELHOR REALIZADOR: José Sócrates abafou a concorrência na direção épica do filme "Laços de Sangue". Trata a história de um homem pobre que perde o emprego, ficando com uma mão à frente e outra atrás, onde um amigo, altruista, e com um coração de ouro, lhe empresta 20 milhões de euros para as necessidades básicas, como estudar na cidade luz, e viver num dos bairros mais luxuosos de Paris.
- MELHOR FILME: O grande vencedor da noite mágica: "Duro de Matar". Quando todos pensam que está morto, António Costa, consegue transformar sucessivas derrotas em vitórias, chegando inclusivamente a primeiro-ministro e ainda eleger o Presidente da República que queria. Curioso o facto de António Costa não se ter levantado para receber o óscar, pois não acreditava que tinha ganho (está habituado a perder); e ainda gritou: "não ganhei mas ainda vou ficar com essa estatueta"...
PS - Podem deixar sugestões ou dar a vossa opinião, concordante ou discordante das nomeações.
Depois de um tão grande esforço da Coligação PSD/CDS, onde Passos Coelho disse, com grande mágoa, certamente, que tínhamos de "pagar aos credores, custe o que custasse", mas no caso do preço dos medicamentos para a hepatite C, "que não se podiam salvar vidas a qualquer preço", parece-me que estamos a deitar este árduo trabalho por água abaixo. Ainda por cima falamos pessoas que faziam pouca falta, e que no fundo só davam despesa. Imaginem se não tivéssemos velhos e doentes, ou se os limpássemos a todos numa vala comum, o país prospero que não teríamos? Ah pois, se não for eu a fazer luz sobre estas temáticas, andamos aqui a ver a banda passar.
Uma Coligação esmerada onde o Ministro Pedro Mota Soares deixou a lambreta para andar num AUDI de 80 mil euros; tudo para evitar ter algum acidente, ou sofrer com as mudanças de temperatura por se transportar numa motorizada, algo que se acontecesse iria sobrecarregar ainda mais o já depauperados cofres do Sistema Nacional de Saúde. Alguém reconheceu isto? O mesmo Mota Soares que quando a crise estava a rubro, gabava-se de inaugurar dezenas de cantinas sociais para as pessoas que tinham perdido tudo, terem uma sopa para comer. Um coração de ouro. Quanto não custaram estas cantinas e as refeições à borla para todos... Outra vantagem que as cantinas sociais proporcionaram, foi que muitos que não tinham dinheiro para ir comer a restaurantes, passaram a almoçar e a jantar fora, diariamente, podendo inclusivamente experimentar cantinas sociais diferentes, com o aumento, por exemplo, do tempo em família de qualidade. Isto não é proporcionar uma vida melhor? Mais: quantos portugueses têm vários chefs a cozinhar para si , ou não têm de se preocupar em arrumar a cozinha? Pois...até isto estes querem estragar...
E que vemos agora meus amigos, com os radicais de esquerda, Catarina, Jerónimo, e Costa? Depois de tanto sucesso da dupla Pedro e Paulo, o que me apraz dizer é que estes perigosos esquerdalhos querem destruir a excelência da governação que lhes foi deixada como herança... Vejamos: aumentaram o salário mínimo que esteve congelado anos... Querem pôr mais dinheiro na mão de gente que não o sabe gerir e o vai gastar sem controlo em coisas como a alimentação dos filhos, medicamentos, ou numa casa para morar? Gente que até pode sorrir por ter uma folga miserável ao fim do mês para poupar? Assim onde é que vamos parar? Vá, pensem comigo!
Este louco do Costa e a sua trupe instituiu que no caso da sobretaxa quem tem mais paga mais. Que é isto? Onde está a equidade? Se há quem não tenha dinheiro para comprar pão, também há quem não tenha dinheiro para comprar o ultimo modelo da Porsche. Se quem tem pouco não se habitua a comer uma sandes de margarina de cozinhar, ou a passar o dia com meia refeição, qual a razão de que quem anda de Porsche ter de se habituar a conduzir um Mercedes? Onde está a lógica disto? Não somos todos iguais?
Mas não se ficam por aqui estes gastadores: a partir de agora as casas não poderão ser penhoradas às famílias em dificuldades. Imagine-se que só por alguém ter ficado sem emprego, devido à crise, o banco ou as finanças não o podem pôr a dormir ao relento. Inacreditável. Pelo menos arranjem uma desculpa decente! "Ah e tal, fiquei sem emprego, não há trabalho". Acham que isto é razão suficiente para não se pagar a prestação da casa? Só falta dizerem que são caloteiros porque têm "de dar de comer aos filhos", ou "precisam de comprar medicamentos para não morrerem". Incrível as patranhas que as pessoas são capazes de inventar para não cumprirem as suas obrigações. Não há dinheiro não há vícios! Até há que se suicide só para dramatizar a situação. Os "drama queen".
E o investimento que se fez na orla costeira pelo anterior governo, de norte a sul, para que quem perdeu as habitações pudesse desfrutar do adormecer com vista mar, é jogado à rua? Isto não é despesismo?!
A outra brincadeira deste novo governo de esquerda é o esbanjamento no Sistema Nacional de saúde. Só faltava isto: médicos ao fim de semana nos hospitais para tratar pessoas egoistas que não têm a decência de ter as embolias durante a semana, quando há médicos, ajudando assim na poupança do erário público. Não, tem de ser o fim-de-semana só para chatear e obrigar a torrar dinheiro. Se não há dinheiro para ir ao privado, escolham bem os dias para sofrerem problemas graves. Tipo, durante a semana, das 9 às 18. Evitar as horas do futebol também é simpático.
Para não me alongar. É bom que tenhamos consciência que com este despesismo, se falir mais algum banco, podemos não ter dinheiro para suprir as verdadeiras necessidades, e a estabilidade do sistema financeiro de Ricardo Salgado, só para citar um nome. Há que ter consciência que para metermos dinheiro na banca, não podemos andar a gastar em futilidades como salários e médicos. É mentira quando dizem que não há dinheiro. Há dinheiro, senão de onde vinham os 16 mil milhões que demos ao Salgado, ao Oliveira e Costa, ao Rendeiro, e aos amigos? O que não há é dinheiro para desbaratar com a maçada das pessoas pobretanas.
Pessoas há muitas, bancos é que há poucos… Só um cego mal-intencionado não vê isto, certo?
Passos, Portas, Maria Luís, etc, não quiseram ir embora sem nos deixarem uma prendita no sapatinho: o Banif. Uma lembrancinha de 1700 milhões, a acrescer, a outra mais humilde, de 200 milhões, "referente a prejuízos no BPN", e que "o governo de Passos Coelho deu indicações para esconder", até às eleições. Com estas duas oferendas é interessante recordar as palavras de Passos Coelho: "que se lixem as eleições"… Lendo este estado de espírito do ex primeiro ministro, foi só por acaso que não referiu a situação do Banif (a comissão europeia alertou governo, a 24 junho, para necessidade resolver rapidamente problema no banif.), os novos prejuízos do BPN, ou que a devolução da sobretaxa tinha sido prometida com um elástico. Imaginem se Passos Coelho ligasse às eleições… No fundo o que Passos fez para ganhar as eleições, não foi um "conto de crianças", mas um bonito "conto de natal".
O governo de Passos Coelho faz-me lembrar quando era puto. A minha mãe mandava-me arrumar o quarto para poder ir brincar para a rua, eu enfiava tudo para debaixo da cama, e quando ela vinha parecia que estava tudo um brinco. Tudo corria bem até ser descoberto. A diferença é que eu tinha 10 anos e o Passos tem 50.
Portugal, não parece, as notícias até podem sugerir o contrário, mas é de longe o país mais rico do mundo, onde cada cidadão é "proprietário" de um ou mais bancos. Só não recebe dividendos. Duvido até que algum português saiba quantos bancos "tem", já "comprou", "vendeu", ou ainda vai adquirir. Aliás, este fanatismo dos portugueses pelas instituições bancárias chega ao ponto de não terem dinheiro para cumprir com as prestações da habitação, porque "optaram" por serem "banqueiros". Ainda assim o português médio alto tem um mata-velhos, um T0, e é/foi dono de 5/6 bancos.
Incrível, há países, que em vez de resgatarem bancos, resgatam pessoas…Atrasados! Somos tão bons nisto que deviamos ser uma força de elite mundial para salvar bancos.
E, como os governos nacionais sabem deste entusiasmo, fazem-lhes a vontade, injetando, desde o BPN, 18 mil milhões de euros do dinheiro do trabalho dos portugueses na banca. Para manter o ritmo, António Costa já segue a linha de sempre, aumentado 2 euros as reformas, e investindo 1700 milhões no BANIF. A diferença para Passos Coelho, é que António Costa diz que o Banif vai "custar bastante aos contribuintes", e Passos Coelho dizia que "não custava nada e ainda dava lucro". No fim de contas, o resultado é o mesmo, com a outra diferença que Passos mandava sempre alguém dar as más notícias por ele…Pensem comigo. Isto parece melhor porque qualquer um de nós quando lhe metem coisas no rabo sem pedir, gosta que pelo menos o façam pessoalmente e lhe deixem um sorriso.
Depois, todo o quadro é espetacular. No BPN vendemos o banco por 40 milhões, quando lá enfiamos cerca de 10 mil milhões, e agora, no Banif, vendemo-lo por 150 milhões quando já se sabe que vamos injetar mais de 700. Ou seja, damos 700 milhões ao Totta, para nos comprar o Banif por 150. Espantoso.
Ainda bem que o BPN não era o BPP, o BES não era o BPN, e o Banif não era o BES. Felizmente o Montepio não vai ser o Banif, nem o BCP vai ser o Montepio…
Por fim descobri que temos andado enganados. Sempre ouvimos dizer para nos "agarrarmos ao Totta". Com a venda do Banif ao Totta, sendo que são os portugueses que vão bancar o buraco, é caso para dizer que o "Totta é que se agarra aos portugueses".
E nós agarramo-nos a quem?!
Devolvam-nos o nosso primeiro-ministro. O homem despegado do poder; o homem "do que se lixem as eleições"; o homem que "iria assumir as suas responsabilidades, mesmo que fosse na oposição". Devolvam-nos este homem.
Se já estamos assustados com os perigosos radicais de esquerda que vêm aí, mais ficamos com este sósia de Passos Coelho que quer uma "revisão constitucional extraordinária para dissolver Assembleia", porque não gostou dos resultados eleitorais.
A ideia não é má: se os resultados de umas eleições (representação parlamentar) não forem simpáticos, muda-se a Constituição até ficarem mais prazerosos. Suspeito que a intenção desta ideia genial seja para que tenhamos para sempre o Pedro como primeiro ministro. Sugeria então, que em vez de se mudar a Constituição, repuséssemos a que estava em vigor em 1973. Poupava-se tempo e acho que cumpria os intentos da iniciativa. Esta ideia de mudar Constituição porque não nos dá jeito deixa um certo cheiro a bafio não deixa?
A parte boa disto é que se os resultados se repetissem, íamos fazendo eleições até o resultado "certo" se verificar, o que era bom, pois o Domingo é um dia chato, e ir votar é sempre um programa emocionante. A outra solução era ter só um partido em quem votar, evitando-se assim maçadas aos mercados, credores, agências financeiras, e à Coligação PaF.
O que ninguém me responde é que se a PaF ganhou, qual a razão para não governarem e quererem mudar a Constituição? A minha pena é que o sósia também tenha problemas a contar deputados, mas será natural; provavelmente também terá sido aluno da Maria Luís Casanova Albuquerque.
Temos de entender que esta pessoa que se está a passar pelo primeiro-ministro tomou como exemplo o original e entrou em roda livre. Ora se a Constituição diz que os cidadãos têm de pagar impostos, o outro não pagava; se a Constituição diz que os subsídios e os ordenados são sagrados, o outro cortava; é natural que este pense que a Constituição é um livro recreativo com falta de espaços para colorir.
No entanto, amanhã, e pegando nesta iniciativa, de manhã vou beber uma bica, depilar os joelhos, e fazer a minha própria Constituição. Como não tenho ambições políticas, vou deixar a Constituição tal qual está, mas irei pôr uma alínea a dizer que terei direito a um emprego vitalício. A linha de pensamento é a mesma. Se correr bem abro um negócio de Constituições: "Constituição por medida em 24 horas". Ou seja, uma Constituição tailor made para cada português. Depois, cada um fica com uma palavra pass e cada vez que queira mudar a sua Constituição, por exemplo. os resultados de umas eleições, basta fazer login e levar a cabo as alterações apropriadas. Já estou a imaginar os portugueses com um post-it da sua Constituição colado no PC. Sim, como se poderia mudar diariamente não valia a pena uma coisa muito formal e cara. Não dá jeito cola-se outra.
Agora imaginem-se a jogar à carta com este Passos Coelho. Dão as cartas, o Pedro vê o jogo e diz: "Alto! Quero outro jogo, não gosto destas cartas, nem um trunfo". Felizmente que não joga no euro-milhões, senão ainda hoje estaríamos no primeiro sorteio: tinham de ir sorteando as bolas até saírem os números em que apostou.
Admito que tenho pena deste executivo ir embora. Conseguem sempre tirar mais um "Coelho" da cartola. A sorte é que este Passos é um sósia do Passos, e como diz a Manuela Ferreira Leite: "não percamos tempo com isto". O PAN deveria intervir pois este Coelho não está bem.
PS - Já agora e que vão mexer na Constituição, metam o futebol às quatro; o grão de bico a 0.40€; e o preço da palha para os presépios da Maria indexado ao buraco do BPN.
Pedro Passos Coelho não deixou os créditos por mãos alheias e bateu o recorde da treta mais rápida dita por um primeiro ministro na história da democracia. Depois de Cavaco Silva o indigitar às 8 da noite, no outro dia, pela fresquinha, já se sabia que a promessa da retirada ou diminuição da sobretaxa, afinal era a versão de 2015, para o "não tiro os subsídios", de 2011.
De 35%, diz-se que a devolução, na melhor das hipóteses será de 7%. Ou seja, Passos antes das eleições oferece um porco, mas depois das eleições, o porco regressa à casa de partida. Imagino o Passos Coelho no Natal: promete uma Barbie à filha, e na noite de natal oferece-lhe um coto da boneca. Mas o mais espetacular foi que o primeiro-ministro já sabia em junho que seria impossível retirar a sobretaxa, ou grande parte dela como prometeu. Dito isto, importa saber qual foi a sobretaxa de votos que a Coligação teve com esta promessa de livro de quadradinhos feita para enganar meninos.
Eu só não fui enganado porque quando vejo um unicórnio sentado a meu lado no sofá, confirmo sempre se o corno é de marfim. Se for, é um unicórnio verdadeiro, se não for é só um cavalo que apareceu por ali. De assinalar que até comentadores afetos à causa do "Pedro e Amigos", estimulados a dizerem o que estava à vista, falaram em "fraude eleitoral". Quem diz fraude diz golpada. Tudo termos que se podem usar sem sermos considerados ofensivos.
Por outro lado não percebo esta aflição de Passos Coelho por poder perder o emprego. Ainda sou do tempo em que ele dizia que os desempregados não podiam ser "piegas"; "que tinham de sair da zona de conforto"; "que o desemprego era uma oportunidade de mudar de vida"; ou para "emigrar. Afinal o Pedrocas é um "pieguito", e está com medo de perder o tacho. Perdão, o emprego. Aliás, o Pedro não deve não deve ter problemas em arranjar qualquer coisa em Bruxelas: depois de andar tanto tempo de cócoras, se se humilhar mais um bocadinho, de certeza que lhe oferecem um emprego, a fazer de capacho, à porta do gabinete da Merkel. Ou isso ou vai ao centro de emprego, tira a senha e é atendido pelo Ângelo Correia.
Eu estou a ser má língua, admito. Principalmente depois de ler a notícia de anteontem (25 de Outubro) do Jornal de Notícias, que diz que: "100 Boys foram nomeados em governo de gestão" (Ainda sou do tempo que Passos dizia que não era primeiro ministro para "arranjar lugares"). Mas o delicioso desta notícia é que os "cargos foram criados e ocupados na semana antes das eleições"; mas reparem no pormenor: "só depois das eleições começaram sair em Diário da República". As más-línguas dirão que isto pode não ser eticamente correto. Mas só as más-línguas, atenção. No entanto, faço a minha vénia ao Pedro, pelo altruísmo demonstrado, ao oferecer 100 tachos, sem ficar com nenhum para ele. Tenho os olhos rasos de água.
Estes tachos, perdão, empregos, que o Pedro e o Portas ofereceram à "família", não são mais que gestos normais para com os seus. Quem não põe a família em primeiro que atire a primeira pedra. Verdade?
Nestas eleições tenho a dizer que senti algum orgulho, pois até à hora em que votei era um dos únicos 7 portugueses que tinham votado e que não estavam em prisão domiciliária.
Sobre o resultado das eleições sinto-me como se tivesse sido assaltado, me levassem a carteira e deixassem o relógio, e passados 4 anos fosse à procura do ladrão para dizer que se tinha esquecido do relógio.
No entanto, a democracia funcionou e não posso de parabenizar os vencedores. Falo obviamente de Paulo Portas e António José Seguro. Ambos tinham desaparecido se António Costa ganhasse. Paulo Portas que já liderava o partido do táxi, se tivesse ido a votos sem ser em Coligação, via-se à rasca para ocupar um monociclo, ou uma cama de meio corpo. Portas é como quando pisamos cocó de cão: por mais que limpemos não nos conseguimos ver livre dele.
Já António José Seguro que não tocava no álcool desde a viagem de finalistas da 4ª classe, com a derrota do Costa, decidiu partir para a loucura e mamar duas garrafas de Champomi e fumar dois maços de cigarros de chocolate. Espero que as facas que o Costa enfiou no Seguro, as tenha jogado fora, porque já ontem andavam socialistas a escorrer sangue para lhe fazer a depilação aos pêlos das rótulas. Perder as eleições contra este PSD é o mesmo que chumbar num teste de urina. Não acontece!
Um facto curioso resultante da noite eleitoral é que o Bloco de Esquerda, o PCP, o PSD, e o CDS, mostraram-se disponíveis para governar, já o PS, ninguém entendeu se quer virar um partido esquizofrénico. António Costa já se percebeu que é um homem de charadas, e o discurso de ontem, foi mais uma. O problema é que nem ele sabe resolver as que cria. O campanha do PS foi um labirinto, em que ninguém sabia o caminho da saída.
Mas o futuro do PS parece ainda mais radioso. Um sondagem dá 50% a Marcelo e 17% a Maria de Belém, para as presidenciais. Uma opinião que é só a minha. Ou dão a liderança ao Tino de Rãs, para rirmos com as coisas dele, e fazer do PS um partido sério, ou vendem a sede no Largo do Rato, que ainda vale uns cobres, compram bebida, sobem à ponte 25 de Abril, e depois fica ao critério de cada um o que fazer. Mas isto sou eu a dizer. Ainda ontem ia alguém nu a correr na segunda circular com a bandeira do PS… Fica a dica.
Bom, mas a beleza da democracia, e do arco da governação, é que daqui a "meia dúzia de dias", o PS servirá o mesmo prato que o PSD serviu a José Sócrates, e fará cair o governo, inviabilizando a passagem de um qualquer "PEC IV" de ocasião. Calma que é pelo nosso bem.
Passando à Coligação, agora que ganhou, o mínimo que espero é que cumpra a promessa de subir o IMI para os escalões máximos. Só para adocicar e não nos esquecermos quem são. Que eles "Podem Mais". Tenho também esperança, que legitimado, Passos Coelho se sinta à vontade para nomear o seu amigo e exemplo de vida, Doutor Dias Loureiro, para ministro das finanças.
Não sei se repararam, mas o pessoal da Coligação, na campanha, dizia à boca cheia que ia devolver alguns cortes, a sobretaxa etc. Para quem esteve atento ao discurso de vitória do Pedro, ouviu-o reforçar essas promessas, mas acrescentou uma nuance que não se ouvia: "vamos devolver, sem nunca esquecer que queremos um país responsável". Ora se para termos um "país responsável", Passos só poder cumprir as promessas que fez em 2015, em 2070, podem começar a arranjar algo fofo para se sentarem. Este é o mesmo Passos de 2011, mas agora aprimorado.
Este ano o único item que teve aumento, na Educação, foi o ensino privado. Estamos no bom caminho para a escola pública ser ao ar livre, com os alunos sentados no barrote, e a escreverem em lousas.
Acho que o povo português está a sofrer do Síndrome de Estocolmo. Depois de 4 anos de ser sodomizado por este governo, e sem sequer com barramento com creme gordo, certamente começou a gostar do abusador, quem sabe até, a sentir algum amor por ele.
A nossa sorte é que Cavaco Silva já não se pode candidatar…
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