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Alguns leitores já me toparam e ciclicamente, e simpaticamente vão-me aconselhando a fechar a página e a dedicar-me a outro hobbie, pois a escrita de humor está para mim como Rita Pereira está para jurada de um programa de dança.
Há dias atrás em determinado post um leitor disse-me que para "escrever aquilo mais valia estar quieto". Perguntei-lhe sobre que deveria escrever, ao que me respondeu, "não sei...".
Aceitei o repto e vou seguir a sugestão e dissertar sobre o "não sei".
Estou sentado e não sei sobre o que vou escrever. É a primeira vez que escrevo e não sei o que vem a seguir, só que quero dizer algo sobre isto e não sei. Só sei que vou escrever sobre não sei, mas não sei por onde começar, nem sei se vocês querem saber o que não sei sobre este assunto. Ou seja nem sei se vocês terão interesse em ler alguma coisa que nem eu sei o que quero dizer.
Introduzido o tema não sei o que vem a seguir, mas acho que a ideia chave vocês já perceberam: eu não sei o que estou para aqui a dizer. Basicamente eu não sei muito sobre nada, por isso escrever sobre não sei não foge muito ao habitual, daí já ter escrito este bocado, o que me deixa realmente preocupado. Chego a este ponto e não sei se o que escrevi faz sentido, não sei se vocês acham que estou ainda mais parvo, no fundo, não sei nada.
Concluo que mesmo para escrever sobre não sei, tenho que saber escrever sobre algo que não sei, e não saber nada, obriga a escrever sobre nada. Juntando tudo, não sei nada, e não sabendo nada, este foi o texto mais difícil que já escrevi, pois não disse nada e se calhar o leitor tem razão. Não sei este post será mais interessante que aquele que o leitor não gostou, mas a verdade é que não sei se sugestão me deixou convencido a alterar o meu método. Não sei...
Acham que queimei de vez? Não sabem?
Sobre esta coisa das viagens de finalistas a Espanha só falto eu falar sobre o tema, com a eloquência que me é conhecida. Achei esta frase gira, a ver se consigo que vocês leiam o que escrevi, e quem sabe até, possam partilhar e comentar.
Primeiramente quero dizer ao dono do hotel que simpaticamente pôs álcool a escorrer das torneiras, para mil miúdos, sem vigilância, que foi uma sorte o hotel ainda estar de pé e não ter sido ele a ser recambiado para Portugal dentro de um colchão. Se repararem o Papa vem a Fátima, no que se espera ser um encontro pacato, e vão gastar-se milhões de euros em segurança. E em Fátima segundo as últimas notícias nem irá haver bar-aberto.
A segunda coisa que quero referir é que se fosse no meu tempo não passávamos da fronteira, nas rusgas da GNR aos autocarros à procura de haxixe. Não deixa de ser curioso que em Portugal se tente tirar as drogas aos miúdos, também para eles se portarem bem, e se chegue a Espanha e lhes deem mangueiradas de vodka.
É óbvio que qualquer um de nós nunca cometeu excessos em jovem. Eu por exemplo nas minha visitas de estudo acabava a noite a fazer um sarau de poesia, para me levantar fresquinho pois estava louco para ir visitar museus. Tudo isto enquanto os meu colegas iam beber uns copos, estar com raparigas, e ouvir música, tudo coisas do demónio.
Meus amigos, quem é que nunca alugou uma casa para fazer a passagem de ano e, de manhã, encontrou o bidé na cozinha a fazer de lava-loiça; um sofá junto à piscina; ou acordou numa zona de guerra, com uma desconhecida a falar estrangeiro vestida com o cortinado da sala? Eu não, claro, mas olhem que é mais comum do que se pensa.
Outra coisa, é a inocência do dono do hotel, que acreditou que se desse bar-aberto a mil putos, sem os ter bem vigiados, que às 10 da noite eles estariam na cama a ver o Panda, em vez de estarem a redecorar o hotel. A situação das televisões nas banheiras e as mangueiras desenroladas, tem muito a ver com um gosto pela decoração que tem crescido nos portugueses, desde que começou o Querido Mudei a Casa.
Já estou a imaginar o dono do hotel a dizer aos filhos quando vai passar o fim-de-semana fora, para levar os amigos lá para casa, que há vinho na prateleira, e que deixou o frigorífico cheio de cerveja, à espera que jovens cheios de testosterona e álcool se portem como acamados. Para mim isto tudo é como jogar à roleta russa com o tambor do revólver cheio de balas, e esperar que quando se apertar o gatilho, saia um dedinho a fazer cafuné.
No futebol há segurança; nos concertos também; em zonas de diversão idem, etc, por alguma razão, e estamos a falar de locais onde estão envolvidos adultos. Aliás no futebol nem se pode vender álcool, e não é por causa das crianças. Onde há álcool os cuidados devem ser redobrados. Já neste hotel dá-se álcool a crianças e é deixá-las em roda-livre. Certo!
E não, não estou a defender o que se passou, mas é preciso ver o quadro todo: se aquilo não fosse rentável para os hotéis espanhóis, acham que se mantinha há anos o convite para os alunos portugueses irem lá gastar uns milhões e partir aquilo? Apostam que para o ano este hotel recebe outros mil?
O hotel abarbatou-se com 40€ de cada miúdo e vai acionar o seguro, por causa de uns azulejos, uma televisão, alguns colchões, umas mangueiras esticadas, e uns extintores que ficaram vazios. Parece-me um belíssimo negócio: 40 mil euros e mais o seguro. O preço do colchão em Espanha está pela hora da morte. Os miúdos, alguns foram parvos, é certo, mas o dono de hotel de parvo não tem nada. Com uma migalha do valor tinha contratado segurança, os miúdos ainda lá estavam, e o hotel estava um brinco. Só não era tão rentável, não é?
Lembro-me perfeitamente da minha turma ser proibida de participar numa visita de estudo, por causa do barulho e de ter surripiado a venda de dormir a um dos professores. Imaginem descobrirem aos 17 anos que um professor dormia com um pano preto nos olhos? Isso é provocação. Tínhamos de fazer algo...
Fomos castigados, tal como estes miúdos serão apertados pelo que fizeram. Com isto irão crescer: uns tornar-se-ão Homens, outros delinquentes, e é assim desde sempre. Os jovens podem ter defeitos, mas oferecer-lhes álcool 24 horas por dia, para lhes sacar dinheiro, não os vai fazer perfeitos. Vão por mim.
Até eu que não era flor que se cheirasse em ambientes de folia acima do habitual, hoje não consigo trazer uns chinelos de um hotel e tenho vergonha de deixar o quarto desarrumado.
Por fim deixo a prova que estes miúdos ainda estão a crescer e de certeza que chegarão à altura de perceber que só no dia em que nos despedimos e já temos o cheque na mão é que dizemos tudo o que pensamos ao patrão.
E pronto, está feitinho.
É com enorme alegria e honra que recebo no Maple o Engenheiro Socas, ex primeiro-ministro. Até estou arrepiado, aquela pele de galinha do campo, sabem? Se sabem, podemos prosseguir. Hoje como oferta para o nosso convidado tenho um cartão de bingo para jogarmos lá mais para a frente durante a entrevista.
Engenheiro Socas
Caro Gajo, já dizem os antigos: "o melhor do mundo são os amigos".
Gajo
Esperava ser eu a introduzir o tema dos "amigos".
Engenheiro Socas
Tenha calma e deixe-me acabar. Não se enerve. Gosta do meu arzinho irritante quando digo isto? Não? Paciência. O que quis dizer é que se o Gajo fosse meu amigo oferecia-me este Maple. É uma categoria. Só em Paris encostei estas costas aveludadas numa coisa com esta qualidade.
Gajo
E o engenheiro dá-me alguma coisa em troca?
Engenheiro Socas
Em questões de amizade sou desinteressado e isso seria uma amizade interesseira. Com os meu amigos tenho uma relação franca e de reciprocidade desinteressada: eles dão, eu recebo. Simples.
Gajo
Foi o que imaginei! Por falar no Maple: que belo fato traz o senhor Engenheiro. Ainda é daqueles que comprava numa das lojas mais caras de Beverly Hills, com preço de amigo de 37 mil euros a unidade?
Engenheiro Socas
E a loja fechava quando lá ia. Só atendem um cliente de cada vez. É um local muito selecto onde só vão pessoas com posses.
Gajo
Mas na altura ganhava 5 mil euros mensais, como é que tinha capital para comprar fatos desse valor? Só se no resto do ano almoçava as baínhas e jantava bocadinhos do forro...
Engenheiro Socas
Não estou a perceber. O que é que uma coisa tem a ver com a outra? O que é que os preços dos fatos têm a ver com o meu ordenado?
Gajo
Nada, nada. Já agora, posso tratá-lo por Engenheiro?
Engenheiro Socas
Claro que sim. Que raio de pergunta. O Gajo parece-me muito fraco a fazer entrevistas.
Gajo
Não é assim tão claro, Engenheiro. Há pessoas que ficam ofendidas quando lhes chamam algo que não são.
Engenheiro Socas
Piadinhas novas. Espero que saiba que com esta entrevista irá perder dezenas de seguidores. Há milhares de pessoas que têm à cabeceira a minha imagem ao lado da imagem da Nossa Senhora.
Gajo
Dois embustes?
Engenheiro Socas
Não seja assim. Portugal é um país à parte: ainda há uma semana o Pedro Dias foi aplaudido quando ia a entrar para o tribunal. Somos um país de muita fé.
Gajo
Verdade, mas na Nossa Senhora ainda acredito...
Engenheiro Socas
Mas afinal convidou-me porquê? Eu já não sou primeiro-ministro, estou como o Gajo, desempregado, não vejo o interesse.
Gajo
A verdade é que o convidei para ver se me arranja o número do Santos Silva. Sei que ajuda quem precisa e que tem um coração de ouro.
Engenheiro Socas
Grande verdade, uma joia de homem. Eu arranjo, mas o santos Silva está como o facebook: não aceita mais amigos. Só eu dou a despesa de 5 mil amigos. E ainda tem 3475 pedidos pendentes. Depois, enquanto não pagar o que lhe devo a amizade dele vale tanto como o shampoo do Nuno Magalhães.
Gajo
Chatice. E se o Engenheiro der um toque lá na Lena…
Engenheiro Socas
Dei-lhe vários toques enquanto foi minha namorada...se me entende. Sempre fui muito namoradeiro. Não sabia que o Gajo a conhecia. Irra que essa Lena ia com todos.
Gajo
Fiz-me entender mal. No Grupo Lena.
Engenheiro Socas
Que badalhoca! Também alinhava com grupos?! Disso nunca soube. Ver se vou fazer análises.
Gajo
Desisto, já vi que não levo nada.
Engenheiro Socas
Já dizia o Sérgio Godinho: "Eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada".
Gajo
Quem dizia isso era o Zeca Afonso.
Engenheiro Socas
Tem provas que não é o Ségio Godinho? É que estou sempre a ser acusado de estar a mentir, mas provar é que nada.
Gajo
Toda a gente sabe que é do Zeca Afonso, está no youtube, há discos...
Engenheiro Socas
Isso é curto. Quero provas sólidas. Dizer que a música era dele só porque a música era dele e porque era ele que cantava não chega! Estou farto destas acusações sem sustentação.
Gajo
Para desanuviar, pode pegar no cartão de bingo que lhe ofereci?
Engenheiro Socas
Já está.
Gajo
Então é assim. Eu vou dizendo casos à sorte que aconteceram nos últimos anos em Portugal, e o Engenheiro Socas vai vendo se correspondem aos que estão no cartão, e esperemos que faça bingo, ok? Comecemos: "aterro da Cova da Beira", onde o senhor foi suspeito.
Engenheiro Socas
Deixe-me ver…Está cá.
Gajo
"Caso Freeport".
Engenheiro Socas
Confere. Está a correr bem.
Gajo
"As Casas da Guarda".
Engenheiro Socas
Linha! Foi rápido.
Gajo
Seguimos para bingo. "Casa da Rua Brancaamp": Suspeitas de fraude fiscal.
Engenheiro Socas
Isto está encaminhado.
Gajo
Caso "Face Oculta, TVI, e Tagus Park".
Engenheiro Socas
Cada tiro cada melro.
Gajo
Caso "Octapharma".
Engenheiro Socas
Está quase, está quase!
Gajo
"Vistos Gold".
Engenheiro Socas
Hum, não estou a encontrar…estava a correr tão bem. Deixe-me procurar bem.
Gajo
Esta tinha rasteira, neste não está envolvido - até agora, claro.
Engenheiro Socas
Não? Sabe, são tantos que uma pessoa perde-se. Não estava a fazer batota.
Gajo
"Herança da mãe", uma das pontas que levou à investigação atual.
Engenheiro Socas
Estava a ver que não saía essa.
Gajo
"Monte Branco".
Engenheiro Socas
Só falta uma!
Gajo
"Operação Marquês".
Engenheiro Socas
Bingooooooooooooo.
Gajo
Parabéns. Ainda tenho mais cartões, mas se continuássemos a jogar a entrevista não acabava.
Engenheiro Socas
Nunca fui condenado. Isto são cabalas. Se com Aníbal tinham de nascer duas vezes para serem mais honestos que ele, comigo nem vale a pena nascerem.
Gajo
Tem tido muito azar…
Engenheiro Socas
É um facto. Mas noto na sua ironia que não confia em mim e na minha inocência.
Gajo
Não, tal como o senhor Engenheiro transportava o dinheiro em malas de carros por não confiar nos bancos. A meu ver faz mais sentido a minha desconfiança. Deixe-me que lhe diga que mais vale dizer que é tudo mentira, como tem feito, que arranjar estas justificações que não enganam uma criança de dois anos. Se é o advogado que lhe dá essas ideias, eu faço isso por metade do preço.
Engenheiro Socas
O Gajo não percebe nada disto. Já viu o que aconteceu ao BES? Daí usar o dinheiro do Santos Silva que só confiava em offshores e em bancos suiços. A mala do carro do Perna funcionava como conta à ordem.
Gajo
Das poucas coisas que concordo consigo é que já lhe devia ter sido deduzida a acusação. Ninguém deve estar tanto tempo sob suspeita sem ter acusação formada.
Engenheiro Socas
Estamos de acordo. Mas tenho dado uma ajuda: já pus 17 recursos, alguns estapafúrdios, para atrasar o processo e poder dizer que o ministério público ultrapassou todos os prazos que estipulou para me acusar. Se reparar a minha preocupação é com os prazos, não com o que me acusam.
Gajo
A sério? E como é que isso se faz?
Engenheiro Socas
Imagine que uma mulher encontra o marido na cama com outra mulher. É natural que suspeite que o marido anda a escorregar no ladrilho. E faz a pergunta: "andas a trair-me"? Está a acompanhar?
Gajo
Sim.
Engenheiro Socas
O que a minha defesa faz é, em vez de responder se o marido anda a trair a mulher, pede ao ministério público para provar se o marido não tropeçou e caiu sem querer em cima da senhora; se a senhora estava efetivamente nua; se o marido não pensava que era a esposa pois a luz estava apagada; ou se a esposa não seria uma marota e queria fazer uma caldeirada. Além de não responder a nada, atrasa o processo.
Gajo
E se o ministério público, por exemplo, conseguir provar que a senhora estava nua.
Engenheiro Socas
Põe-se um recurso para encher chouriços a dizer que a senhora não se encontrava nua, pois na altura estava vestida com um tapa-mamilos.
Gajo
Certo, mas insisto, e se se concluir que realmente estava nua?
Engenheiro Socas
Aí referimos que na lei não há nada que proíba a nudez e assim sucessivamente.
Gajo
E se tudo isso não resultar e concluir-se que o marido traiu a mulher, tal como se provou que o senhor circulava dinheiro em malas, apesar de ter desmentido?
Engenheiro Socas
Negar negar negar, dizemos que é tudo uma cabala, uma vergonha, que os prazos para a acusação já foram ultrapassados, etc. É preciso é fazer barulho. Entretanto pomos recursos a dizer que afinal o pénis não era o do marido, que foi muito estranho a mulher ter aparecido em casa àquela hora, quando disse que só chegava à noite, etc, e naturalmente a coisa prescreve ou é arquivada. O importante é nunca responder a nada.
Gajo
E se nada disso resultar?
Engenheiro Socas
Mudamos o foco para a mulher traida dizendo que a culpa é dela, que é uma galdéria, dorme com todos, e o marido afinal é que é a vítima. Basicamente é o que estou a fazer. A vitimização se bem feita rende sempre. Um mundo de possibilidades.
Gajo
Excelente, estou rendido.
Engenheiro Socas
Nos casos deste tipo é esta a dinâmica, daí as prescrições e os arquivamentos. As leis já estão feitas para isso mas infelizmente tenho de andar envolvido nesta maçada, que não vai dar em nada, como nenhum dos casos do género até hoje deu.
Gajo
Estou a perceber. Estava um bolo na mesa que desapareceu, ninguém comeu, mas olha-se à volta e está tudo com a boca cheia de creme. Olhe, a ser assim, mais vale entregar as chaves da Justiça ao Dias Loureiro. Se as coisas são como diz como é que confiamos na Justiça?
Engenheiro Socas
Para ser sincero não me interessa. Pelo contrário, quanto mais se desconfiar melhor para mim. Tenho feito por isso.
Gajo
Mudando de tema. Tenho aqui o livro que escreveu. Deixe-me que lhe diga que até se lê bem.
Engenheiro Socas
A sério, e fala sobre o quê? Ver se quando tiver um tempinho o leio. Sabe, raramente leio o que escrevo. Tenho pouco tempo.
Gajo
Gostei bastante de falar consigo. Quer ir beber um copo este fim-de-semana?
Engenheiro Socas
Não posso. Tenho o fim-de-semana ocupado.
Gajo
Já sei: ao sábado é para estudar e ao Domingo para acabar a licenciatura. Está a tirar o quê?
Engenheiro Socas
Que parvoíce!
Gajo
Disse alguma asneira? Não acabou o curso ao Domingo?
Engenheiro Socas
Não preciso de estudar, conheço o professor.
Gajo
Tá certo.
E pronto foi a entrevista possível.
PS - Se gostaram partilhem. Isso é porreiro e fico todo contente. Se coiso, fica assim.
Até podem receber o que escrevo por email. Dito assim parece uma coisa boa. Basta porem o vosso email, no cimo do blog à direita - há lá um campo. Se coiso, fica assim também.
Jeroen Dijsselbloem disse ontem que os "países do sul", nos quais inclui Portugal, "gastam o dinheiro em copos e mulheres” e “depois ainda pedem ajuda”. Primeiro facto a assinalar: peço que imaginem a borracheira que os pais deste símio tinham quando escreveram o nome que lhe queriam dar, pois em vez de Jerónimo Dionísio saiu Jeroen Dijsselbloem. Pensem nisso...
Mas suspeito que há mais problemas de álcool na família. Com esta cara de lobisomem com defeito, sabendo-se que é casado, será que a mulher fez o teste do balão no dia do casamento? É que além de um ancinho com falta de dois dentes, não estou a ver quem pegava nisto no estado normal. Felizmente estou cá eu para reparar nestas coisas.
No entanto dizia ao tipo que não tenho paciência para escrever o nome, que é mais honroso pagar um jantar a uma mulher, ou beber um copo, que o gastar em habilitações académicas falsas, como ele fez, para arranjar um tacho. Cada país com os seus valores. Talvez por isso, por não ter estudado, e ter a inteligência de uma sardinha de lata em óleo, ache que a malta do Sul é tudo uma cambada de rameiras e bêbados. Também perguntava ao Blobomboembobom o que pensa, por exemplo, dos milionários Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo, etc, terem sediado as suas empresas na Holanda, pagando aí os impostos, para usufruto dos holandeses e dele próprio, tudo à conta dos tais 9 milhões de vacas e bebedolas.
Ainda assim não deixa de ser curioso que isto vem de um rapaz natural da Holanda onde há montras a exibir prostitutas a homens que estão a fumar charros em cafés, tudo legalizado. Certamente depois deste menu, os senhores bebem um galão morninho e vão para o recato do lar. Um exemplo!
Outra justificação pode ser a azia por nos países do sul gastar-se dinheiro com mulheres, num jantar, numa conquista, enquanto ele se quiser uma companhia feminina, além de ir para a frente de uma "montra" passar lustro ao castiçal, ter que puxar da carteira e pagar a "bandeirada". De certeza que o Djisseboboom nunca se orientou com uma mulher do sul. E eu compreendo-as, só a pagar e e… Aquele cabelo deve deixar fendas nas costas.
Pensando mais profundamente, como costumo fazer, quase levando a cabo uma sessão de psicanálise, talvez o Jerónimo Boboom sinta solidão por ser a rameira do Eurogrupo, ao levar os dias a fazer alfinetes de peito ao Shauble e à Gorda Merkel. Agora ainda mais, e até imagino que tenha os beiços encortiçados, pois tem o lugar como Presidente do Eurogrupo no fio da navalha, por ter levado um enxovalho nas eleições do país dele onde ficou com a votação de um Tino de Rãs, sem fazer campanha, e estas larachas fazem as delícias dos alemães, os únicos que lhe podem manter a malga.
Sabem uma coisa? Vou-me abrir com vocês. Suspeito que o João Boboom veio a Portugal e tentou encontrar uma mulher que tivesse a mesma linha de pensamento que ele, de amor aos alemães, que não gostasse dos portugueses, e naturalmente acabou a noite a beber palhete martelado e a curtir com a Teodora Cardoso. Não vejo outra explicação para este azedume.
Dijsselbloem recusou pedir desculpas pelas afirmações, e ainda gozou com quem lhe fez a pergunta. Sinto que não pede desculpa porque acredita mesmo nisto, e provavelmente olha para a sua realidade e nem sonha que seja possível acordar de manhã com cheiro a rosas ao lado e sem ter de pagar a senhora e o respetivo perfume.
Para concluir, alguém que diga ao senhor, para quando visitar os países do sul, que existe vida para além do alterne e do álcool. É que com esta vidinha quando regressa à Holanda vai com menos 10 quilos. Gosta pouco o magano.
E ele tem sorte que não consigo dizer tudo o que quero pois para escrever o nome dele, praticamente entro em descompensação.
Se gostam partilhem, se nem por isso, está bom assim.
Hoje é o Dia Internacional da Mulher, por isso, aproveito para deixar aqui algumas dicas sábias de como o homem se deve comportar para que a comemoração deste dia decorra sem incidentes de maior.
1 - Muito importante para começar bem o dia: deixar a tampa da sanita em baixo. O homem que faça isto ganha pontos logo pela manhã, apesar de ela poder desconfiar que deve ter feito asneira e se está a querer limpar. Mesmo assim, vale a pena tentar.
2 - Ver se há meias no chão da casa de banho, do quarto, da sala, dentro do micro-ondas, etc. Ter a atenção a isto.
3 - Sair e aparecer logo depois com um ramo de flores. Elas dizem que não gostam, mas fica registado: "Lembras-te? Há 7 anos nem umas flores me compraste no dia da mulher…"; "Disseste que não querias, amor"; "Não interessa o que disse, e não me chames amor"! Não facilitar nisto. Rosas, devem ser rosas. Flores em vaso vai dar confusão.
4 - "Amor, hoje apetece-me dançar". Se há coisa que um homem se pela é para dançar. Elas não entendem, mas por norma temos duas madeiras nos pés e a ginga de um esquilo com prisão de ventre. Mas hoje, "fofinha, por acaso até estou mortinho para ir dar um pézinho de dança, tenho pensado nisso o dia todo, até tenho a perna a latejar de vontade". Empenho, caros, empenho!
5 - Evitar respirar muito. Nestes dias elas estão, e bem, em modo princesa; devemos evitar incomodar com coisas desnecessárias.
6 - No caso da relação ainda estar a dar os primeiros passos, digam o quanto estão loucos para "assentar e ter um compromisso". Se o assunto vier à baila e se por acaso isto não for dito, vai chegar a altura de vocês perguntarem "o que se passa" e ouvirem o tradicional "nada, achas que se passa alguma coisa"? Eu não arriscava e diria.
7 - Hoje não atendem chamadas de amigos nem do trabalho. "Hoje é um dia só nosso". Parece pouco importante mas evita "nem hoje largas o telemóvel, é tudo mais importante…".
8 - Durante 24 horas evitarmos ser hipocondríacos. Mesmo que estejamos com uma fractura exposta, uma outite, e uma conjuntivite, não se passa nada. "Querido, tens o osso do braço de fora". "Tenho, amor? Nem vi, realmente estava com uma comichãozita"; "Fofo, estás a morder a perna da mesa e agarrado ao ouvido". "Estou, caramelzinho? Pois é, estou a fazer o polimento para dar tinta"; "Mômô, não abres os olhos e estás a lacrimejar pareces um fontanário". "Bebezinha, quando olho para ti só me dá vontade de chorar de tanto que te amo". Ficam aqui algumas formas de tornearmos a situação.
9 - Elogiar a condução delas é muito importante. No caso de serem vocês a conduzir, enviar um sorriso simpático ao condutor que se atravessou à vossa frente e quase vos fez ter um acidente, em vez do tradicional, "ó %&((() do &&%/()), abre os olhos, mula".
10 - É também dia de assumir as culpas das coisas das quais normalmente não temos culpa. "Tens razão amor, cortaram-nos a luz porque me esqueci de pagar". Amanhã podemos voltar ao: "queres o quê, quando cheguei lá já estava fechado; e mais, só me deste a carta há 3 semanas! Contigo é tudo em cima da hora".
11 - Logo à noite dá Benfica vs Dotmund. Esquecer isto! Hoje nem gostamos muito de bola. "Fifi, sugeria em vez de vermos a bola, vermos a SIC Mulher; vai dar um programa ótimo de decoração de marquises". Cuidado!
12 - Se por acaso encontrarem uma amiga dela que olha para vocês com um sorriso trocista, neste dia especial não há qualquer problema em contar tudo às amigas, incluindo que na noite anterior te fantasiaste de jiboia coxa com a roupa interior dela.
13 - Muita atenção se ela hoje arranjou o cabelo, pintou as unhas etc. Mesmo que não encontrem nada, elogiar, e dizer que está diferente. Se estiver desconfiada, o "estás mais magra" safa sempre de apertos.
14 - No caso de irem jantar fora e ouvirem 79 vezes "estou quase pronta", não suspirem e evitem o "anda láaaa". Esta dica parece-me bastante boa se não querem sair de casa a "toque de caixa". Não perdem nada se concordarem que afinal as duas horas de espera são por terem "pouca roupa" e que os 3 armários apinhados são ilusão de ótica.
15 - No jantar quando ela disser "estás a beber muito", sorrir, agradecer a preocupação com a nossa saúde, e beber uma gasosa.
16 - Epá, a próxima é muito séria: no caso do jantar ser picante/afrodisíaco, suster o traque maroto e a gargalhada quando ela percebe o novo ambientador que anda no ar. Pode até ser uma oportunidade para encontrar novas brincadeiras conjugais.
17 - Importantíssimo: não ressonar. Não pode acontecer nem que levem a noite a fazer conchinha com a cabeça deitada na bola de alfinetes.
Podia levar aqui o dia todo, mas a celebração deste dia não é mais que o assinalar quem é que manda nos restantes dias do ano.
Feliz dia da mulher!
Não acham estas dicas espectaculares?
Depois da Taróloga da SIC que aconselhou uma espectadora a "mimar" e a ter "paciência" com o marido que a fazia de saco de boxe, eis que a Helena, hoje, sugere a uma mulher em que o marido a "empalita" à grande, se "empinoque", e o obrigue quando chega a casa a "fazer ginástica". Tudo isto sem incomodar a cara-metade a "falar na amante". Continua,"canse-o com a ginástica". Remata com chave de ouro: "temos de ser mais espertas que as galdérias".
Primeiro ponto: dizer "ginástica" em vez de "sexo, devia dar direito a pente zero. Esta analogia vem do tempo em que ainda não se comia com talheres, e onde a mulher precisava de autorização do marido para sair do país, período onde a taróloga Helena ainda está presa.
Pessoalmente aconselho a SIC a fazer o teste das drogas às tarólogas e que não as deixe aproximarem-se do bar antes de entrarem no estúdio.
Parece-me esquisito que uma mulher que saiba que o marido acabou de trai-la, esteja à espera dele toda produzida e diga: "amor, vai lavar-te por baixo que vou para o quarto aquecer o motor". A opção a meu ver mais próxima da realidade, além de pedir o divórcio, seria o marido chegar a casa e ter lá a corporação de bombeiros da zona a apagar o fogo à senhora.
Para a taróloga Helena, além do não achar problemático o marido andar a pular a cerca, não se lembrou de alertar a ouvinte para o perigo do marido poder andar envolvido com mulheres cheias de bicho, sexualmente transmissível. Já que não o fez pelo menos deveria ter incentivado a mulher traída, de prenda de casamento, a oferecer preservativos, por exemplo, de sabor a frutos silvestres, para evitar que o esposo chegue a casa com travo a fruta estragada.
Dentro do registo da taróloga, um convite para a amante ir lá a casa fazer uma paella de "xaricas" para o marido, certamente o faria ter um carinho maior pela mulher.
Taróloga é uma palavra muito próxima de taralhoca. A SIC ganhava pontos em arranjar umas tarólogas que além de terem um baralho de cartas, jogassem com o baralho todo. Mas isto digo eu.
Nunca fui de ter muitas namoradas. Muito trabalhoso e requer um príncipe encantado que nunca fui, aliás, de príncipe, só tinha o cavalo….que era de pau, oferecido pela minha querida avô em pequeno. Que, constate-se, é curto para entusiasmar qualquer potencial namorada.
No entanto, como qualquer rapaz, e como a coisa já estava bem encaminhada, houve um determinado dia-dos-namorados, que apostei em convidar uma moçoila para jantar. Ofereci-lhe uns bombons, umas flores, e uma lingerie. No fundo, tirando as flores, escolhi presentes que também usufruísse. Era um investimento. Não queria ser como um "lesado do bes": investir para outro gozar o rendimento. Eu tinha uma política: o "dia dos namorados" era como o Natal, mas não acabava a noite a ouvir o meu tio emigrante do Luxemburgo a cantar em tronco nu. Da parte dela não poupou a gastos e ofereceu-me um lindo sorriso, e disse que eu era muito simpático pelas prendas.
A questão da lingerie, e como isto foi há uns anos largos, muitos largos, é que tive receio que a minha convidada fosse daquelas mulheres que gostavam de andar "confortáveis", e em caso de ser bafejado pela sorte, estava sujeito a ter à minha frente alguém preparado para ir tratar dos filhos. Por outro lado, não sou hipócrita: se ia jantar com ela no dia-dos-namorados, não fazia sentido oferecer um manual com as 100 espécies de gatos. Prendas para encher já lá estavam as flores e os bombons. Bombons diga-se que eram uma porcaria. Parecia chocolate de culinária. Comprei aquilo por causa da caixa. Tinha um coração bem piroso, mas estava a dar tudo, e tinha muita falta de experiência. Se fosse hoje, qualquer mulher, no dia a seguir, bloqueava-me o número de telemóvel. E com razão, diga-se.
Quanto às flores só as ofereci desta vez, pois ela esqueceu-se de levar uma jarra na mala, e fui eu que tive de acartar com o ramo. A solução para me livrar das flores foi ter-me feito de esquecido das flores no restaurante, e ainda reverti aquilo a meu favor: dei o ar de ter ficado triste, e fi-la sentir mal com isso. Já sei, estão a chamar-me nomes, mas o que não sabem é que cheguei ter a mão que segurava as flores roxa do frio. Quando me sentei no restaurante parecia que estava de luva preta.
Referir também, que quando abriu a caixa da lingerie, sorriu, e com ar meio gozão, disse: "não sei o que queres dizer com isto, queres-me explicar"? Eu: "Claro, a minha mãe hoje fez lulas recheadas, e por causa desse presente vim jantar contigo". Ainda hoje suspeito que ela não gostou da resposta. Se ela soubesse o que gosto de lulas, tinha-se derretido toda com o meu gesto. Lá estão vocês com coisas. "Só foste sair com ela para coiso". Claro, já andávamos em "negociações" havia tempo, que eu gostava dela, já sabia. A relações não são como os vendedores porta-a-porta das operadoras: "batem batem mas nunca entram".
É preciso frisar que ia muito melhor vestido que ela, que de certeza se vestiu às escuras, perto do roupeiro da tia Idalina. Olhava e só via lã. Só à conta dela, naquela noite, lixaram um par de ovelhas. E levava umas sabrinas. Ninguém vai jantar de sabrinas. Ela fez aquilo de propósito. Percebia-se o nó dos dedos dos pés. Ou seriam calos? Ou se calhar encolhia os dedos. Ainda hoje não sei. Estranho, muito estranho. Sabem aquelas sabrinas que têm um laço? Essas! Aquilo em caso de ferida ainda dava como fio para dar os pontos. Mas gostava dela, apesar da apresentação fazer da Paula Bobone uma mulher com bom gosto.
Depois, como é óbvio, fomos ao cinema ver um filme romântico. Impressionou-me ver a aflição da quantidade de homens sentados na sala de cinema, desesperados para que o filme passasse rápido para irem experimentar a "lingerie" deles. Havia uma cumplicidade no olhar entre os homens, e ainda faltava pelo menos hora e meia de sofrimento a ver aquilo, quando já sabíamos que ela ficava com ele, independentemente de quem tivesse empalitado quem. Só na ficção é que as mulheres choram quando um homem trai uma mulher, e depois volta para ela. Experimentem..., a ver o resultado. Mais, aqueles filmes acabam com a moral de um gajo. Nós nunca iremos ser assim: perfeitos, amorosos, românticos, de olhos azuis, loiros, e com um Ferrari para ir buscá-las ao spa. Depois do ego arrasado, sair do cinema, apanhar um táxi com 30 anos, e um taxista com saudades do Salazar, a cuspir pela janela, as chances de um final feliz na nossa vida real, diminuem consideravelmente. Para quebrar o gelo, ainda lhe falei no cavalo de pau que a minha avó me ofereceu e que ela podia dar uma volta... mas olhou para mim com certo desdém.
Já sei, querem saber se fui feliz…
Saímos do cinema, aquilo ia encaminhado, disse umas piadas, e atirei, confiante: "então onde vamos"? E ouvi: "tu não sei, eu vou para casa, amanhã tenho de me levantar cedo". Imaginem a minha azia. Fui despachado por uma gaja que na Moda Lisboa era barrada em Cantanhede, para não se aproximar muito da capital. Que me levou a ver um filme que ainda hoje não me esqueci, não por bons motivos, e pior, calçada com uma cena nos pés que nem para evitar as picadas dos peixe-aranha servia. Ainda olhei para a lingerie, mas, curiosamente, ao contrário das flores, nunca saiu das suas delicadas mãos.
Já em desespero mas sempre com fé, fui deixá-la a casa de táxi, a ver se… Saí do táxi, e…ela despediu-se. O táxi foi-se embora e fiquei ao frio à espera de outro, que demorou uma eternidade.
E assim terminou uma linda noite romântica.
As conversas continuaram, e dias depois convidou-me para jantar, mas azar dos azares, era dia de lulas.
Um dia perfeito não acham?
Ps- se por um acaso acharam que isto é tão bom como lulas, partilhem. Se acharam que se parece com iscas, deixem estar....
(Há um botãozinho aqui em baixo)
Fui sair com uma rapariga e quando lhe disse que levava o Visa Gold ficou toda entusiasmada...
...nunca mais a vi...
Público: "Há dois anos que a relação entre a Galp e o fisco é de conflito"- 4 8-de 2016 - Ontem.
Segundo se sabe a Galp não gosta muito de cumprir com as obrigações fiscais devidas, nem de pagar as coimas que lhe são aplicadas. Basicamente o conflito entre o fisco e a Galp, é a Galp não pagar o que deve ao estado e a malta do estado andar de avião à pala da Galp, em vez de obrigar a Galp a bater a cheta. A Galp no fundo é bastante poupadinha quando é para pagar e impostos e as multas, mas é uma mãos largas a fretar aviões para encher de políticos, entre os quais o secretário de estado dos assuntos fiscais Rocha Rodrigues. Cheira-me que a Galp vai encher de milhas os cartões da TAP daqueles políticos que "gostam de viajar". Depois "falta-lhe" dinheiro para pagar impostos, é óbvio. Não dá para tudo.
Eu já sei o que vou fazer. Quando tiver um problema com as finanças, ofereço uma mariscada ao secretário de estado Rocha Rodrigues, mas só porque sou uma jóia de moço. Não quero nada em troca. Até fico ofendido se pensarem que ofereço com segundas intenções. Vocês são muito mal intencionados. A Galp está para os políticos, como Santos Silva está para o Sócrates. Uns corações de ouro. É pena estas pessoas tão ternas e caridosas só existirem principalmente nos circuitos políticos, ou nos círculos de poder. O dinheiro não traz felicidade, como dizem, mas enche o coração dos administradores da Galp de amor ao próximo, e se o Rocha Rodrigues estiver próximo, muito melhor.
Diz a Galp que é “comum convidar para eventos pessoas com que se relaciona". Ahhhh que azar, eu relaciono-me com bombas da Galp há anos e nunca me tocou um convitezinho nem para ir ao aeroporto ver o avião levantar. Contudo qualquer um de nós podia ter sido convidado pela Galp, pois a Galp convidaria qualquer um de nós, que fosse secretário de estado das finanças. A culpa não é da Galp, é nossa. Isto para não dizerem que houve favoritos na hora da Galp convidar. Quem se lixou com isto foi a TAP que já tinha aviões cheios de políticos para irem ver os jogos olímpicos, e que devolveriam o dinheiro dos bilhetes à Galp caso fossem catados. Uma pena a Galp achar "comum" pagar charters a políticos, mas já não achar "comum" pagar impostos ou as multas que tem em dívida. Uma pena...
Mas calma que isto é tudo malta séria. Diz o secretário de estado Rocha Rodrigues, que vai "devolver o valor da viagem à Galp". Já o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, tinha decidido devolver o dinheiro que recebeu ao abrigo do subsídio de alojamento, que andava a abotoar-se indevidamente. Daqui a nada vou assaltar um banco e se for apanhado, devolvo o dinheiro porque sou um tipo às direitas. Não quero cá confusões. Assaltei porque achei que não tinha mal. Podia ser que passasse.
Porque o PS é um partido que não dá hipóteses, criou de imediato um "código de conduta" para os seus governantes. Pessoalmente sugeria antes disso, escolher pessoas com ética para os cargos. Mas isso traz-se de casa e não se aprende nos livros. Aliás, já existe um "código de conduta" no ministério das finanças que proibia Rocha Rodrigues de aceitar esta viagem oferecida pela Galp. Suspeito que o "código de conduta" que António Costa irá dar a Rocha Rodrigues seja a "bold" e com letra a "78" para ver se ele não derrapa outra vez. Se derrapar de novo faz-se outro em áudio para ele ouvir em casa. Este "código de conduta" é representativo da confiança que o PS tem nos seus governantes.
Por exemplo eu se não tiver um "código de conduta" não sei se posso dormir com a mulher do meu melhor amigo. Ou se é correcto ver alguém deixar cair dinheiro e não o entregar, pois achado não é roubado. Estas coisas sem um livro de conduta uma pessoa não sabe como agir.
Sugeria que os políticos tivessem um cartão de conduta por pontos. Com 700 pontos, que iam descontando cada vez que "falhassem na conduta". Tinham de ser 700 pontos, porque 12 pontos acho que não havia uma legislatura que chegasse ao fim, ou acabavamos com o Parlamento com 12 pessoas a contar com a senhora da limpeza. No entanto entendo que muitos políticos estejam confusos. Hoje a maioria já é político de carreira, sem nunca ter trabalhado, e para irem subindo na hierarquia dos partidos, se havia coisa que não podiam ter era conduta. Agora, de repente, pedem-lhes que tenham conduta?! Pessoalmente acho que isto também é gozar com as pessoas.
O PSD por seu lado ficou incomodado com esta situação. No fundo é compreensível: deixou de ser governo, o máximo que a Galp lhes arranjou foi uma camioneta da Barraqueiro, sem ar condicionado, e ainda tinham de bancar o gasóleo, a preço de custo, mais uma simpatia da Galp. Já agora onde é que estava esta conduta exemplar do PSD quando o Passos Coelho não pagava impostos, ou quando a Maria Luís Albuquerque foi trabalhar para a Arrow, depois de como ministra das finanças lhe ter "concedido benefícios fiscais"?
O PSD é uma escola de virtudes, já sabemos, até tem uma universidade de verão que vai agora para mais uma jornada. As cadeiras lecionadas este ano são; como transportar a mala do chefe; a distância que deve caminhar atrás do chefe, quando há uma televisão a filmar e, por fim; a curvatura com que deve andar nos primeiros anos de partido, quando acompanha o chefe. Nesta primeira fase não há "código de conduta" pois só existe uma regra: fazer o que manda o chefe para ganhar traquejo na arte de ser pau-mandado. Só assim poderá um dia vir a ser convidado para andar de avião à borla.
Para finalizar, isto é o arco da governação, ou arco do gamanço, como lhe quiserem chamar, no seu explendor.
Boas férias aos que estão de férias, aos que não estão, e abraços a todos os que passaram por aqui. É sempre uma honra contar com a vossa presença.
Ponto de ordem. Não ouviram o Cavaco, aquando da possível saída Grécia da UE? "Não tem importância, 28-1=27. Ficam 27". Não percebo o drama que anda aí com a saída do Reino Unido. É verdade que Cavaco não diria isto dos ingleses, pois são eles que metem "gasoil" na bomba de gasolina que tem no Algarve. Alguém que passa pelas dificuldades conhecidas, não iria hostilizar dos seus melhores clientes. Mas só por isso, nada a ver com Portugal…
O problema de Cavaco é que é um homem com a credibilidade da taróloga da SIC, que manda a mulher que é vítima de violência doméstica, "mimar o marido" depois deste lhe chegar a roupa ao pelo. Infelizmente, e continuando neste caminho, daqui a meses poderemos ter três homens completamente chanfrados no comando de três dos países mais importantes do mundo: Trump (EUA), Johnson (Inglaterra), e Merkel (Alemanha).
Entrando verdadeiramente no tema, para parte do Reino Unido o boletim de voto funcionou como levar o telemóvel para uma noite de copos. Pensem comigo: por exemplo, os ingleses, ao acordarem e se depararem com os resultados do referendo, sentiram-se mais ou menos como quando apanhamos uma bebedeira, e acordamos ao lado da ex namorada psicótica, que entretanto já foi a casa buscar a escova dos dentes e já mostra catálogos de vestidos de noiva para o casório.
Ouvindo e lendo muitos testemunhos de votantes no "Leave" (saída), onde diziam "que nunca pensaram que o seu voto contasse", e que nunca "esperaram sair da União Europeia", confirmei finalmente a minha tese que um povo que usa sandália com meia só podia ter uma relação complicada com o raciocino. Ou isto ou a malta foi votar com os óculos com que Fernando Santos vê as exibições do Moutinho.
Por outro lado, não deixou se ser enternecedor, os mentores da "saída", logo no dia a seguir, terem dito que a saída da UE, "deveria ser lenta", e que queriam "manter boas relações com a Europa". Por outras palavras foram um bocado como eu, quando saí de casa: passei a viver sozinho…mas ia comer à casa do pais e levava a roupa para a mãe lavar. Saí com um grande peito, mas acabei por ir perdendo fôlego com o passar dos dias… No entanto, compreendo que é chato, perceberem de repente que vão sair da UE sem "receberem os dois contos". Pessoalmente estou disponível para deixar que regressem à UE, desde que tenha a Premier League à borla. No caso do Reino Unido quiser mesmo ficar, e voltar atrás na decisão, sugiro o Paulo Portas para liderar o processo.
Uma das razões que levou a este resultado no referendo foi o facto de os ingleses não quererem mais emigrantes e se quererem ver livres de muitos. Para um país que colonizou parte do mundo à chapada, e é hoje um país dos mais ricos do globo, muito devido aos emigrantes que necessitaram para crescer e evoluir como país, não deixa de dizer muito sobre o seu ADN (daí não ser de estranhar a grande amizade com os Alemães). Os emigrantes (e a UE) para os ingleses são aqueles tipos que não bebem e que nas saídas à noite conduzem o carro, para eles se divertirem, mas que no Verão nunca são convidados para ir à Quinta do Lago, à casa com piscina do gajo rico. Imaginem que o mundo fazia aos ingleses o que eles estão a fazer aos emigrantes que lá têm…Para mim, para sentirem o quanto são estúpidos neste ponto, era cortar-lhes a cerveja no Algarve e vender-lhes garrafas de água a 50€.
Se um país que exporta 50% para a UE, tem 5% de desemprego, manteve a sua própria moeda, e utilizava a União Europeia a seu belo prazer, decide sair; Portugal, no mínimo, devia pedir para mudar de Continente. Também não deixou de ter a sua piada, ouvir nos programas de "antena aberta", exigirem que o Reino Unido, muito importante na nossa balança comercial, "saia rapidamente" e que "não fazem falta nenhuma". Pessoal, eles sabem que Portugal existe por causa do Algarve. Eles conhecem tanto Portugal, como sabem que há protector solar, e que convém pôr quando se vai à praia às três da tarde, meia hora depois de sair do avião. Nós é que precisamos deles, e vamos continuar a precisar. Faz-me lembrar aquela história do elefante que vai a passear com a formiga, ao que a formiga diz: "já viste o pó que vamos a levantar"?
Olhando para o quadro mais abrangentemente, vemos que Durão Barroso é o "beijo da morte". Esteve na Cimeira da Lages, que deu origem a uma guerra, que ajudou ao mundo a estar como está hoje. Foi presidente da UE, deixando a Europa num caos, estando nós a ver os resultados; e já quando fugiu, presenteou-nos com…. Santana Lopes… Tenham medo, tenham muito medo…ele voltou a Portugal…
O povo votou e isso tem de ser respeitado, apesar de serem mentiras de políticos e xenofobismo os principais motivos da sua saída da União Europeia… sem esquecer que no Google do Reino Unido, nas primeiras horas depois de conhecido o resultado, as principais pesquisas incidirem em questões como: "o que é a União Europeia"… Preocupante…O clima, com eles, nem serve de desculpa…
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