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A noite de ontem foi para a esmagadora maioria de nós, uma noite de felicidade, tenha o nosso candidato tido ou não um bom resultado: vamos ver-nos livres de Cavaco Silva! Depois de mais de 20 anos a levar com ele, ainda cá estamos. Renovo os parabéns a todos. O importante agora é que Cavaco enrole a trouxa, pegue na Maria e nos presépios , abra as janelas para arejar aquilo, e desapareça para a Casa da Coelha. Cavaco nem na hora da despedida deixa saudades. Quanto à Maria Cavaco Silva, Marcelo Rebelo Sousa já apresenta um upgrade: não tem primeira dama. Dizem que tem um lance, mas segundo se sabe não manda nele.
Dito isto, de realçar o momento mais marcante da noite, que foi sem dúvida a primeira palavra do novo Presidente ao povo: "xxxiu". Espetacular . Um reparo, e agora que Marcelo é presidente, a ver se trata daquela gosma que o incomoda. Faz-me lembrar os carros antigos que quando não abríamos ar afogavam.
Sinceramente, ainda esperei ver Maria de Belém entrar para comemorar com o Marcelo o resultado eleitoral. É que se não fosse ela, Sampaio da Nóvoa provavelmente tinha ido à segunda volta.
Feitas estas pequenas introduções, passemos agora ao grandes vencedores da noite, que foram todos, como habitualmente:
António Costa - Está a tornar-se num mestre em derrotas vitoriosas. Depois da legislativas foi agora nas presidenciais. Ao não apoiar nenhum candidato afeto ao PS, Maria de Belém ou Sampaio da Nóvoa, António Costa abriu caminho à vitória de Marcelo Rebelo de Sousa, o único candidato que tinha prometido estar ao "lado do governo", quase incondicionalmente.
Com isto, António Costa enfiou um ferro curto em Maria de Belém, cortou-lhe o rabo, as duas orelhas, e saiu em ombros, depois desta se ter atravessado como candidata sem falar com ele. Com o descalabro de Maria de Belém, António Costa arrumou igualmente de vez com a ala "Segurista", sobrando os jantares marcados por Francisco Assis, quando quer ir comer leitão à Mealhada e não tem companhia. António Costa fechou a noite com uma frase de antologia: "Os Portugueses rejeitaram as candidaturas populistas". Sendo que as mais penalizadas foram as da ala do PS, António Costa deve evitar a bica com cheiro antes de falar. Ou se calhar quis mesmo dizer isso...
Ninguém me tira da cabeça que António Costa ia na mala do carro do Marcelo, a beber uma flute de champagne, para festejar.
Marcelo Rebelo de Sousa - É o novo presidente, e como era Domingo, não resistiu em aparecer para comentar os resultados eleitorais. Só não tinha a Judite e os livros para nos parecer um Domingo comum.
Outro facto curioso, foi que bastou ganhar as eleições para termos uma novidade em Marcelo, explanada no seu discurso de vitória: "tenho convicções". Até agora o que sabíamos era que a única convicção de Marcelo era não ter convicções. Ou mais corretamente, tinha a convicção que se mostrasse oportuna no momento em que se encontrasse.
Sampaio da Nóvoa - Não chegou a entrar na casa. Quer dizer: na política. Foram 20 diazitos onde disse que era mais sério do que todos. E pronto.
Disse o candidato: "Pela primeira vez uma candidatura independente esteve perto da 2ª volta". Faz-me lembrar a mim quando saia à noite em miúdo: uma rapariga olhava para mim, eu olhava para ela, passavam as horas e ela acabava com outro. Chegava a casa e pensava: "quase, ela gostou de mim, se tivesse ido ter com ela…". Basicamente, acabava as noites a fazer amor comigo próprio, é onde quero chegar. Sampaio, vai por mim: não chega, é uma "vitória" fraquinha. Chegaste a casa e o Marcelo é que levou a "gaja". Percebo o que estás a passar....
Marisa Matias - O Bloco agora ganha sempre. O novo PCP mas com carinhas larocas. Pedro Arroja não deve andar muito satisfeito de ver mais uma "esganiçada" com uma boa votação. A alegria do Bloco deve ser por ter ultrapassado os 5%. Assim, recebe mais 500 mil euros de subvenção estatal. Até eu fazia uma festarola de arromba.
Maria de Belém - Nem sei bem que diga. Além de todos rirmos muito da votação que alcançou, sendo dia 25, já caiu na conta Maria de Belém, a subvençãozita que nós lhe pagamos, e amanhã, no meu caso, continuo desempregado. O resto é conversa.
Ainda assim, nem tudo foi mau para Maria de Belém, pois como se viu, na hora da derrota, os seus apoiantes não a abandonaram. Como agradecimento, Maria de Belém fez questão de pagar uma rodada a todos, ficando a conta do bar em mais de um euro e setenta. O cameraman e o gajo que agarra no cabo não contam como apoiantes.
Para quem ouviu o discurso de Maria de Belém, certamente concordou com a sua teoria: o resultado deveu-se à campanha "menos correta" de Marcelo Rebelo de Sousa, de Sampaio da Nóvoa, e de Marisa Matias. Suspeito até que se não fosse isso, era capaz de deixar mais de 3 euros no bar.
Manuel Alegre ainda fez uma quadra democrática a chamar "salazarentos" aos 96% de portugueses que não votaram na candidata que apoiava. Sobre as subvenções não tinha tinta na caneta. Admito que receei que Manuel Alegre pudesse entrar de chaimite na hora em que Marcelo discursava, vincando a sua posição contra os "traidores".
Maria de Belém, apesar de tudo, conseguiu ter uma vitória retumbante sobre o Tino de Rans, com cerca de 1% a mais, tornando-se no momento mais emocionante da noite. Nunca uma Tia pensou que um Calceteiro, participante de reality shows, desse tanto trabalho.
A candidata também se mostrou danadinha para brincadeira: "Estivemos à altura das nossas responsabilidades". E eu que evitei sempre fazer piadas com altura...
Para terminar, sugiro à Maria de Belém que da próxima vez que for a eleições, faça a sede de candidatura em casa, na sala, mais especificamente, a ver se consegue fazer parecer que tem mais gente a apoiá-la. Basta pedir à filha para não sair nessa noite e já são para cima de três pessoas.
Edgar Silva - Quando vi a apoteose na sede do PCP pensei que tinha sido golo do Porto, que jogava na altura. É que com a votação de uma lista derrotada numa eleição para uma associação de estudantes de uma escola com três turmas, era manifestamente uma euforia acima das possíblidades. Mais uma derrota vitoriosa do PCP, mas onde hoje em dia já todos os partidos lhe seguem as pisadas.
Vitorino Silva - Vitorino Silva tem um email de campanha que é o "portugalcomtino"; assumiu-se sempre como "o Tino de Rans"; fala de si próprio como "Tino"; entrou num reality show onde todos lhe chamavam, Tino; os seus apoiantes tratavam-no por Tino; o povo gosta dele por ser o "Tino;" mas ontem estava indignado por ser conhecido por…"Tino". O Vitorino ainda não percebeu que as pessoas gostam do Tino, e quando ele pensa que está próximo da "Liga Europa", deve ter atenção se numas próximas eleições não será despromovido em vez de ir à Europa. 4% são 4%, e alguém que diga ao Tino, que o José Manuel Coelho, da Madeira, aquele meio amalucado, teve 4,5 % nas presidenciais de há 5 anos. Mais que ele...
Henrique Neto - Teve a votação dos compinchas com que joga damas ao Domingo. Sairmos da realidade, se nos faz felizes, nunca é algo negativo. Uma vez faltei a um teste e acreditei que ia ter positiva no final do periodo. Não tive.
Jorge Sequeira - Palavras dele, o grande vencedor da noite. Tem uma teoria bastante interessante: como partiu do zero e teve votos, só se pode considerar triunfador. Esta ainda ninguém se tinha lembrado: acima de zero votos é uma vitória. E no caso, não tenho dúvidas que não teria muita mais esperança que ter o voto dele e da família chegada. É mais um que teve tempo de antena de borla para potenciar a sua vida pessoal.
Cândido Ferreira - Foi vencedor, porque teve um cesto de votos mesmo a comunicação social não lhe dando tempo de antena, quando ele próprio se autoexcluiu dos debates. Só parece confuso. Ou seja, para Cândido Ferreira, se não fosse este factor (que ele próprio escolheu?!), tinha tido votos que dariam acender uma lareira numa noite quente de agosto. Nem o timbre de voz do Ramalho Eanes o safou.
A) A primeira ilação a retirar das presidenciais é que Cavaco Silva deixou o cargo tão rasteiro que tanto um canteiro de salsa, um Minion, ou um dos reis magos de um dos presépios da Maria Silva, podia ser o próximo Presidente da República. Vistos os candidatos, tenho para mim que o mais difícil é escolher um deles como o Tiririca português, ou, por outro lado, qual é que não é o Tiririca. Dito isto, não tenho a mínima dúvida, que se Cavaco Silva se pudesse candidatar, ganhava estas eleições mais facilmente do que o dinheiro que ganhou com as ações do BPN. Para finalizar este primeiro ponto, e se a presidência da república se tornou uma brincadeira, metam uma coroa no Duarte Pio, pelo menos temos cenas com charretes e cavalos, e miúdos loiros, apesar de... enfim...
B) Dirão que todos os portugueses acima dos 35 anos se podem candidatar. É um facto! Eu também posso ir a um casting para fazer de Bela Adormecida numa peça de teatro, e não vou, não por causa da falta de peito, mas porque não gosto de dormir. Acho que deve ir alguém que goste, se me estão a entender… Devemos levar as coisas a sério. Ouvir o Vitorino (Rans), e o Jorge Sequeira (Motivador), por exemplo, dizerem "quando for presidente", conclui-se que a presidência da república ganhou a importância do clube de sueca de Alcabideche. E vocês dizem que estou a marrar com estes dois candidatos. Diz Vitorino de Rans, que se candidata porque a filha "já cresceu e a família já não precisa dele"; e "que é uma candidatura do fundo da alma". Ah bom, se é assim! Para rematar, porque o povo o "conhece". Tino, aqui entre nós: entrar na "Quinta das Celebridades" não chega ainda para ser presidente, mas lá chegaremos, é um facto. Ideias do Vitorino, zero, melhor, uma ou outra que direi mais à frente. Quando ao "motivador Jorge Sequeira, fez cartazes onde república estava escrito com acento no "e" (républica). Espantoso, no mínimo. Não esqueçam que estamos a falar de um potencial Presidente da República.
C) Depois de amadurecer a ideia, se isto é assim, para levar na reinação, e para muitos, alguns desconhecidos, se promoverem, contem comigo como candidato daqui a cinco anos. Ir à televisão dizer nada, ter uma conversa redonda para não me comprometer, soltar baboseiras e disparates, é algo que me sinto particularmente capacitado e à vontade. Aliás, a vertente das baboseiras e disparates tem sido das poucas valências em que aumentei a capacidade.
D) Outra coisa que me deixa preocupado é que os mais fortes candidatos a substituir o Professor Aníbal Cavaco Silva, são o Professor Marcelo e o Professor Sampaio da Nóvoa. É que mais professores, cheira-me que os "alunos" vão continuar a chumbar nas políticas já conhecidas.
Um breve passagem sobre os candidatos:
Marcelo Rebelo de Sousa: é o professor Marcelo. Diz uma coisa e o seu contrário na mesma frase. Não se compromete com nada, ri muito, concorda com todos os oponentes em tudo, MAS, tem sempre um "aditamento" ou um "detalhe" a acrescentar. Com Sampaio da Nóvoa viu-se a aflito, e percebeu-se a falta que sente da Judite que lhe fazia perguntas fofinhas. Marcelo é o candidato "tutti frutti", dá para todos os sabores.
Sampaio da Nóvoa - A bandeira que levanta é que se apresenta como um candidato fora do sistema político e dos partidos, sendo essa a sua grande mais-valia. No entanto, anda à cata do apoio do PS, vai e fala nos comícios do PS, tem o apoio do Mário Soares, Jorge Sampaio, e Ramalho Eanes. Ninguém diria que não tem nada a ver com a política. O que há a retirar daqui, é que Sampaio da Nóvoa vem de fora da política, mas já se comporta como um político. É aquele que é dono de um bordel, mas é contra relações fora do casamento. Sampaio da Nóvoa é o candidato "branco mais branco não há".
Maria de Belém - A Maria de Belém é uma política que, direta ou indiretamente, sempre viveu da política. É aquela nossa amiga de todos os dias, que gostamos muito, mas nunca a convidamos para passar férias connosco. É a amiga que não bebe, por isso, leva o carro nas saídas à noite e, no fim, ainda empresta a casa para a amiga ir confraternizar com o "Brad Pitt" que conheceu na discoteca, enquanto ela fica a ver o Dexter. Acham que não? Maria de Belém sempre foi uma figura de proa do PS, bastante reconhecida e elogiada pelas suas espetaculares qualidades, mas na hora da verdade, o partido (ps) não a apoia na corrida a Belém. Ora, se nem o partido confia nela…estamos conversados. Reparem que nem uma piada sobre a altura…Candidata, "independente à força".
Marisa Matias - O slogan "Uma por todos" só podia correr bem. Um piada machista e badalhoca só para abrir as hostilidades. Mas é verdade. Capta a atenção da mente depravada e doente masculina. Querem o quê? Os homens aderem a estas coisas, e também à voz rouca da Marisa, de quem bebe dois penaltis de bagaço, em jejum, acompanhados de duas coxinhas de frango. A Marisa é a mulher moderna, na linha da Catarina e da Mariana, que vieram dar um ar fresco à política. Candidata, "M&M".
Edgar Silva - É o porreiro. O simpático da companhia. Sempre à rasca com a pergunta da Coreia do Norte. Pessoalmente é fã da Coreia do Norte, como presidente já não é fã. Ou seja, para Edgar Silva, pessoalmente, a Coreia do Norte é um exemplo de país ao nível das liberdades individuais; já como presidente, a Coreia do Norte, é um pais inaceitável ao nível das liberdades individuais. Basicamente adapta-se às necessidades para sacar o votozinto como qualquer outro. Candidato, "celestial".
Tino de Rans - Proeminente calceteiro. Finalmente alguém que tem uma profissão a sério. Prometeu que irá fazer uma "presidência de proximidade", e que irá ter o palácio e o seu gabinete em Belém, sempre "aberto ao povo, para estar em permanente contacto". "Olha, vou ali ao Minipreço, remendar o pneu da bicicleta, e conversar com o Tino ao Palácio. Se calhar durmo lá". "Estive lá ainda há bocado e vim-me embora, estava lá o Obama e a mulher, não arranjei lugar na mesa". Sugeria ao Tino que passasse a Feira Popular para o jardim do Palácio de Belém. Metia um plasma, e a malta ao Domingo passava por lá para ver a bola com os putos.
Diz o Tino entusiasmado: "fiz uma música" - "quando a banca não tem juízo o povo é que paga". Fico por aqui…
Tino é o candidato a "voz". Diz que é a voz do povo, mas ainda são resquícios das Casa dos Segredos em que participou.
Jorge Sequeira - O "Motivador" é o "bate punho" dos candidatos. É o Gustavo Santos e o Miguel Gonçalves da política. É aquele que nos diz que "podemos tudo", mas diz dele próprio, "não ser o melhor candidato". Um "motivador" que parte logo derrotado, para não falar dos cartazes, que têm erros próprios de uma criança de 4 anos que ainda só aprendeu até ao "A". O candidato "lunático", e não é por causa das "lunetas" que usa à frente das vistas.
Henrique Neto - Não me esqueci. É o homem que, segundo ele, "previu" quase tudo o que aconteceu e nos levou à crise. Anda entretido em vez de estar em casa. Faz bem. É a "Maya" dos candidatos. Aquele que previu tudo o que nos levou à crise.
Paulo Morais - Deu como provas para provar um caso do corrupção (BES), artigos que ele próprio escreveu no Correio da Manhã. Um homem que se tem em boa conta. Adoro. É o "Justiceiro" sem o Kitt. E dava jeito para vencer os maus.
(Adenda)
A corrida às presidenciais está ao rubro, e sendo que começou agora a verdadeira campanha, ficam as "novas", ou nem por isso, ideias fortes que os candidatos veicularam para captar votos:
Marcelo Rebelo de Sousa - Um dos primeiros gestos de Marcelo Presidente "será para o Ronaldo". - Nada como olhar primeiro para o povo e deixar quem tem mais para segundo plano.
Sampaio da Nóvoa - "Sampaio da Nóvoa promete ser aliado do novo governo". Continua a não ser do PS desde sempre, a não querer o apoio do PS, mas quer o apoio do PS e é do PS - Só parece confuso.
Maria de Belém - "Maria de Belém quer levar chefes de Estado a almoçar em lares de idosos". Maria, para isso basta empalhar o Aníbal e oferecer as refeições no Palácio de Belém.
Marisa Matias - “Nunca festejei a passagem do ano no iate do Ricardo Salgado”. Ainda é nova. Há tempo, Marisa.
Edgar Silva: Continua à rasca com a Coreia e a falar de coisas que que se perdem quando começa a falar.
Jorge Sequeira - Jorge Sequeira quer "transformar cidadãos em clientes" - Dele, claro. A vida não está fácil para ninguém.
Vitorino Silva - Tino: “Vou devolver o palácio ao povo. É um palácio muito grande para ser só uma família a lá viver”. Tino mostra dificuldades em arrancar da sua ideia princípal, que é fazer do Palácio de Belém, a piscina do José Cid, "onde toda a gente pode ir tomar banho".
Paulo Morais - Paulo morais critica eleições transformadas em "concursos" entre "o maior mentiroso". Um militante do PSD durante décadas (renunciou depois de decidir candidatar-se à presidência - curioso), tem que saber do que fala.
Não sentem aquela brisa de esperança?
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