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Já quase tudo foi dito sobre o jantar de encerramento da Web Summit no Panteão Nacional, mas mesmo assim o tema é tão bom que não consigo ficar calado. Só de saber que posso tirar uma selfie a beber um shot de vodka ao lado de uma urna, a minha vida ganhou outro sentido, que preciso desabafar. Depois, se pensarem bem, este evento da Web Summit tem a ver com empreendedores e se eles pegam nesta ideia, daqui a 70 anos, os vossos filhos vão comprar um frango assado e descobrem que o Cristiano Ronaldo foi enterrado numa churrasqueira.
Mas quem sabe confundiram as 12 "Estrelas" que estão no Panteão, (Almeida Garrett, Amália Rodrigues, Aquilino Ribeiro, Eusébio da Silva Ferreira, Guerra Junqueiro, Humberto Delgado, Manuel de Arriaga, Óscar Carmona, Sidónio Pais, Sophia de Mello Breyner Andresen, Teófilo Braga) com 12 Estrelas Michelin? Pode ter sido, sim.
A conversa está boa, mas tenho de ser rápido pois fui convidado para ir a um brunch no crematório de Sernache agora às onze horas. Espero que compreendam, pois a aberta na grelha é só até ao meio-dia. A especialidade são corações, segundo me disseram.
Dito isto, o Estado/governo, na pessoa do Primeiro-Ministro António Costa, já se veio indignar, com o Estado/governo, liderado pelo senhor primeiro-ministro António Costa, por ter dado autorização para o referido jantar. Por outro lado, Barreto Xavier, do anterior governo , e responsável pelo Panteão Nacional integrar o ramo da restauração e estar no Zomato, indignou-se por se fazerem jantares no Panteão. Com isto, confirma-se que se continua a fazer boa política em Portugal.
A propósito do Zomato, as críticas dos clientes não são muito boas. Aconselham peixe, dizem que vem pouca carne, muita ossada, e por norma chega fria. O bacalhau-com-todos (convém saber o que são todos) também não tem boa classificação, ao invés do Pão de Deus, que é especialidade da casa. É também referido o ambiente com pouca vida. Talvez aconteça pela banda residente ser os Mão Morta, que cantam "Morte ao Sol" dos GNR . Na secção sugestões, há bastantes pedidos para a criação do serviço "Panteão Drive".
Por outro lado também não deixa de ser interessante que o Panteão Nacional de dia seja um cemitério gourmet, e à noite vire cabaret. Se formos lá de dia, os funcionários pedem silêncio e recato, mas no caso de irmos a uma jantarada, podem gritar, dançar, e ver gajas semi-nuas. Talvez seja devido aos inquilinos terem o sono pesado.
A talhe de foice, e eu estou cá para pensar nestas coisas, se compararem os preços das casas em Lisboa com o do aluguer do Panteão, conclui-se que é mais barato alugar uma urna para dormir na capital, que um T0 sem casa-de-banho na Penha-de-França. Ainda há a vantagem da vizinhança não criar problemas nas reuniões de condomínio.
Já que é para rentabilizar o Panteão, sugeria "caças ao tesouro". Quem trouxesse a pála do Camões, ou o Xaile da Amália não pagava a conta. Ou jantares temáticos, de futebol, literatura, fado, era só escolher. Ou um programa de TV: "Querido Mudei o Panteão". Mudavam para caixões em Carvalho Francês, porque o mármore é muito frio no Inverno e dá cabo das articulações. Pensei também no "Pesadelo na Cozinha", mas era capaz de ser má ideia. Imaginem o Ljubomir quando visse o estado da carne?
Já agora, para os que pensam que podem ir jantar ao Panteão quando lhes apetecer, desenganem-se, não é para todas as bolsas. Para a classe média sugiro, para jantar, a morgue do Santa-Maria; está com preços acessíveis, mas em regime buffet. Para os desempregados, e com rendimentos mais parcos, há vários cemitérios, a oferecer, por vinte euros, duas campas relvadas para piqueniques, com serviço de bar incluído. Ninguém fica de fora.
Estranho é não ver até ao momento nenhuma manifestação da igreja, ou provavelmente já se adaptou e estou aqui a criticar. O famoso "descanse em paz", já terá sido substituído pelo, "descanse em paz, menos quando há jantares marcados".
Sendo sincero e pondo-me no lugar dos familiares que têm alguém no Panteão, admito que não me entusiasmava ver alguém próximo, depois de morto, servir de caixa registadora . Depois, a memória deve ser respeitada, e banalizá-la é o pior que o ser humano deve começar a fazer. Mas isto digo eu que sou conservador.
Para terminar, a sorte no meio disto tudo foi os sepultados no Panteão não terem morrido devido à legionella senão entrava lá a polícia para ir buscar os corpos e estragava o jantar. E isso sim, seria uma maçada.
PS - : Primeiro. Quem é que se lembra de alugar um cemitério seja para o que for? Segundo. Quem é que se lembra de ir jantar a um cemitério? Terceiro. Quem é que gosta de ir jantar a um cemitério? Quarto. Quem é que acha uma boa ideia rentabilizar um cemitério?
"Dos 14 arguidos no primeiro processo da Operação Furacão a chegar a tribunal, apenas nove compareceram hoje na Instância Central de Lisboa" - parece-me um bom número. Com o trânsito que estava e o mau tempo, ainda deviam agradecer.
Esta primeira sessão servia para identificar os arguidos e para o coletivo de juízes, presidido por Pedro Lucas, ficar a saber se pretendem prestar declarações. No fundo se era só para isto, andar a incomodar as pessoas...
Quase parece gozo. Um desfalque de milhões, e, "o caro não se importa de prestar declarações"? Eu certamente estou a ver mal, mas os visados ou têm de prestar declarações, ou não. Acompanhem o meu raciocínio. Damos uma palmada de milhões, toda a gente sabe, e se nos perguntarem se queremos ir a tribunal contar o esquema, é logo a primeira coisa que fazemos. "Claro que sim. Senhor juiz, dê-me só dois dias para encontrar documentos que confirmem que gamei uns milhões, para não ser só a minha palavra. Se não for aborrecido, levo também escutas e uns vídeos de quando combinamos o esquema, e onde estão todas as pessoas identificadas".
Admito que sou eu que acho que as pessoas por norma não confessam as coisas, por não serem fãs, por aí além, de irem bater com o costado na cadeia. Mas há taras, é um facto.
No fundo, e como todos sabemos, isto não passam de artimanhas legais, especialmente feitas para os casos financeiros, que não mais são que para atrasar os processos, para acabarem como todos sabemos: na prescrição.
Não deixa de ter a sua piada, os tribunais funcionarem como quando uma mulher, inocente, descobre que o marido anda enrolado com a porteira roliça do prédio, duas portas ao lado, mas ainda quer ouvir o canto da sereia:
(Ao telefone)
Mulher - Temos de falar. Sei que andas a dormir com a Floripes.
Marido - Falar, só depois, agora não posso.
Mulher - Então quando é que podes?
Marido - Não sei, mas isso é mentira.
Mulher - Mentira? Ela veio entregar os teus boxers e diz que levaste o fio dental dela vestido.
Marido - Isso diz ela. Vesti o fio dental dela, mas não sei como veio parar entre as minhas pernas.
Mulher - Ah, então tabém, quando puderes passa cá para falarmos.
O principal arguido, fez a simpatia de dizer que "quer prestar declarações". Ou seja, apetece-lhe. Nada que entre um café e uma cigarrada não se troque umas ideias para calar o juiz. Mas que não seja nada muito chato.
Se o princípal arguído foi cortez, já o mesmo não se pode dizer de dois dos arguidos, que disseram que só vão prestar declarações "mais tarde". É à vontade do freguês. Ontem jogava o Benfica, estava a chover, e não estavam com disposição para ir falar do dinheiro com que se abotoaram indevidamente. Isto não é assim, onde o tribunal decide quando o alegado criminoso terá de se justificar perante a justiça.
Se vocês pensam que o circo fica por aqui, estão enganados: outros dois dos cavalheiros envolvidos, não compareceram, porque:
A) Rebentou-lhes o hemorroidal;
B) Foram divorciar-se da mulher e transferir os bens de nome;
C) Tinham pedicure;
D) Foram a uma aula de zumba;
E) Estavam numa peregrinação em Santiago de Compostela;
F) Não conseguiam parar de rir dos juízes.
Podia ser, mas não é a última hipótese. É sim, a E. Estavam numa peregrinação a Santiago de Compostela. Isto é enternecedor e é mesmo VERDADE!. Imagino a caixa das esmolas. Foram pedir perdão, e por isso não podiam estar em dois sítios ao mesmo tempo. E se foram perdoados de forma Superior, não é um tribunal terreno que os vai castigar. Faz algum sentido...
"O senhor Viana criou o grupo FINATLANTIC, em 1993, na Irlanda, através do qual montou um esquema de faturação fictícia para ser utilizado pelas empresas, a troco de uma comissão".
Ora 93, e entre o aparece e não aparece para prestar declarações, e com tanta peregrinação que anda para aí, não se macem muito, porque a prescrição é mais que certa. Vão ser meses até todos lhes apetecerem falar...depois de falarem, não vale como prova e assim sucessivamente...
Eu já não digo para levarem estas coisas a sério, mas pelo menos, façam com que pareça. Já não era mau…
A) A primeira ilação a retirar das presidenciais é que Cavaco Silva deixou o cargo tão rasteiro que tanto um canteiro de salsa, um Minion, ou um dos reis magos de um dos presépios da Maria Silva, podia ser o próximo Presidente da República. Vistos os candidatos, tenho para mim que o mais difícil é escolher um deles como o Tiririca português, ou, por outro lado, qual é que não é o Tiririca. Dito isto, não tenho a mínima dúvida, que se Cavaco Silva se pudesse candidatar, ganhava estas eleições mais facilmente do que o dinheiro que ganhou com as ações do BPN. Para finalizar este primeiro ponto, e se a presidência da república se tornou uma brincadeira, metam uma coroa no Duarte Pio, pelo menos temos cenas com charretes e cavalos, e miúdos loiros, apesar de... enfim...
B) Dirão que todos os portugueses acima dos 35 anos se podem candidatar. É um facto! Eu também posso ir a um casting para fazer de Bela Adormecida numa peça de teatro, e não vou, não por causa da falta de peito, mas porque não gosto de dormir. Acho que deve ir alguém que goste, se me estão a entender… Devemos levar as coisas a sério. Ouvir o Vitorino (Rans), e o Jorge Sequeira (Motivador), por exemplo, dizerem "quando for presidente", conclui-se que a presidência da república ganhou a importância do clube de sueca de Alcabideche. E vocês dizem que estou a marrar com estes dois candidatos. Diz Vitorino de Rans, que se candidata porque a filha "já cresceu e a família já não precisa dele"; e "que é uma candidatura do fundo da alma". Ah bom, se é assim! Para rematar, porque o povo o "conhece". Tino, aqui entre nós: entrar na "Quinta das Celebridades" não chega ainda para ser presidente, mas lá chegaremos, é um facto. Ideias do Vitorino, zero, melhor, uma ou outra que direi mais à frente. Quando ao "motivador Jorge Sequeira, fez cartazes onde república estava escrito com acento no "e" (républica). Espantoso, no mínimo. Não esqueçam que estamos a falar de um potencial Presidente da República.
C) Depois de amadurecer a ideia, se isto é assim, para levar na reinação, e para muitos, alguns desconhecidos, se promoverem, contem comigo como candidato daqui a cinco anos. Ir à televisão dizer nada, ter uma conversa redonda para não me comprometer, soltar baboseiras e disparates, é algo que me sinto particularmente capacitado e à vontade. Aliás, a vertente das baboseiras e disparates tem sido das poucas valências em que aumentei a capacidade.
D) Outra coisa que me deixa preocupado é que os mais fortes candidatos a substituir o Professor Aníbal Cavaco Silva, são o Professor Marcelo e o Professor Sampaio da Nóvoa. É que mais professores, cheira-me que os "alunos" vão continuar a chumbar nas políticas já conhecidas.
Um breve passagem sobre os candidatos:
Marcelo Rebelo de Sousa: é o professor Marcelo. Diz uma coisa e o seu contrário na mesma frase. Não se compromete com nada, ri muito, concorda com todos os oponentes em tudo, MAS, tem sempre um "aditamento" ou um "detalhe" a acrescentar. Com Sampaio da Nóvoa viu-se a aflito, e percebeu-se a falta que sente da Judite que lhe fazia perguntas fofinhas. Marcelo é o candidato "tutti frutti", dá para todos os sabores.
Sampaio da Nóvoa - A bandeira que levanta é que se apresenta como um candidato fora do sistema político e dos partidos, sendo essa a sua grande mais-valia. No entanto, anda à cata do apoio do PS, vai e fala nos comícios do PS, tem o apoio do Mário Soares, Jorge Sampaio, e Ramalho Eanes. Ninguém diria que não tem nada a ver com a política. O que há a retirar daqui, é que Sampaio da Nóvoa vem de fora da política, mas já se comporta como um político. É aquele que é dono de um bordel, mas é contra relações fora do casamento. Sampaio da Nóvoa é o candidato "branco mais branco não há".
Maria de Belém - A Maria de Belém é uma política que, direta ou indiretamente, sempre viveu da política. É aquela nossa amiga de todos os dias, que gostamos muito, mas nunca a convidamos para passar férias connosco. É a amiga que não bebe, por isso, leva o carro nas saídas à noite e, no fim, ainda empresta a casa para a amiga ir confraternizar com o "Brad Pitt" que conheceu na discoteca, enquanto ela fica a ver o Dexter. Acham que não? Maria de Belém sempre foi uma figura de proa do PS, bastante reconhecida e elogiada pelas suas espetaculares qualidades, mas na hora da verdade, o partido (ps) não a apoia na corrida a Belém. Ora, se nem o partido confia nela…estamos conversados. Reparem que nem uma piada sobre a altura…Candidata, "independente à força".
Marisa Matias - O slogan "Uma por todos" só podia correr bem. Um piada machista e badalhoca só para abrir as hostilidades. Mas é verdade. Capta a atenção da mente depravada e doente masculina. Querem o quê? Os homens aderem a estas coisas, e também à voz rouca da Marisa, de quem bebe dois penaltis de bagaço, em jejum, acompanhados de duas coxinhas de frango. A Marisa é a mulher moderna, na linha da Catarina e da Mariana, que vieram dar um ar fresco à política. Candidata, "M&M".
Edgar Silva - É o porreiro. O simpático da companhia. Sempre à rasca com a pergunta da Coreia do Norte. Pessoalmente é fã da Coreia do Norte, como presidente já não é fã. Ou seja, para Edgar Silva, pessoalmente, a Coreia do Norte é um exemplo de país ao nível das liberdades individuais; já como presidente, a Coreia do Norte, é um pais inaceitável ao nível das liberdades individuais. Basicamente adapta-se às necessidades para sacar o votozinto como qualquer outro. Candidato, "celestial".
Tino de Rans - Proeminente calceteiro. Finalmente alguém que tem uma profissão a sério. Prometeu que irá fazer uma "presidência de proximidade", e que irá ter o palácio e o seu gabinete em Belém, sempre "aberto ao povo, para estar em permanente contacto". "Olha, vou ali ao Minipreço, remendar o pneu da bicicleta, e conversar com o Tino ao Palácio. Se calhar durmo lá". "Estive lá ainda há bocado e vim-me embora, estava lá o Obama e a mulher, não arranjei lugar na mesa". Sugeria ao Tino que passasse a Feira Popular para o jardim do Palácio de Belém. Metia um plasma, e a malta ao Domingo passava por lá para ver a bola com os putos.
Diz o Tino entusiasmado: "fiz uma música" - "quando a banca não tem juízo o povo é que paga". Fico por aqui…
Tino é o candidato a "voz". Diz que é a voz do povo, mas ainda são resquícios das Casa dos Segredos em que participou.
Jorge Sequeira - O "Motivador" é o "bate punho" dos candidatos. É o Gustavo Santos e o Miguel Gonçalves da política. É aquele que nos diz que "podemos tudo", mas diz dele próprio, "não ser o melhor candidato". Um "motivador" que parte logo derrotado, para não falar dos cartazes, que têm erros próprios de uma criança de 4 anos que ainda só aprendeu até ao "A". O candidato "lunático", e não é por causa das "lunetas" que usa à frente das vistas.
Henrique Neto - Não me esqueci. É o homem que, segundo ele, "previu" quase tudo o que aconteceu e nos levou à crise. Anda entretido em vez de estar em casa. Faz bem. É a "Maya" dos candidatos. Aquele que previu tudo o que nos levou à crise.
Paulo Morais - Deu como provas para provar um caso do corrupção (BES), artigos que ele próprio escreveu no Correio da Manhã. Um homem que se tem em boa conta. Adoro. É o "Justiceiro" sem o Kitt. E dava jeito para vencer os maus.
(Adenda)
A corrida às presidenciais está ao rubro, e sendo que começou agora a verdadeira campanha, ficam as "novas", ou nem por isso, ideias fortes que os candidatos veicularam para captar votos:
Marcelo Rebelo de Sousa - Um dos primeiros gestos de Marcelo Presidente "será para o Ronaldo". - Nada como olhar primeiro para o povo e deixar quem tem mais para segundo plano.
Sampaio da Nóvoa - "Sampaio da Nóvoa promete ser aliado do novo governo". Continua a não ser do PS desde sempre, a não querer o apoio do PS, mas quer o apoio do PS e é do PS - Só parece confuso.
Maria de Belém - "Maria de Belém quer levar chefes de Estado a almoçar em lares de idosos". Maria, para isso basta empalhar o Aníbal e oferecer as refeições no Palácio de Belém.
Marisa Matias - “Nunca festejei a passagem do ano no iate do Ricardo Salgado”. Ainda é nova. Há tempo, Marisa.
Edgar Silva: Continua à rasca com a Coreia e a falar de coisas que que se perdem quando começa a falar.
Jorge Sequeira - Jorge Sequeira quer "transformar cidadãos em clientes" - Dele, claro. A vida não está fácil para ninguém.
Vitorino Silva - Tino: “Vou devolver o palácio ao povo. É um palácio muito grande para ser só uma família a lá viver”. Tino mostra dificuldades em arrancar da sua ideia princípal, que é fazer do Palácio de Belém, a piscina do José Cid, "onde toda a gente pode ir tomar banho".
Paulo Morais - Paulo morais critica eleições transformadas em "concursos" entre "o maior mentiroso". Um militante do PSD durante décadas (renunciou depois de decidir candidatar-se à presidência - curioso), tem que saber do que fala.
Não sentem aquela brisa de esperança?
No fim-de-semana fui enganado pela minha prima, que me pediu para ir com ela àquelas lojas de roupa para jovens. E realmente deparei-me com toda uma fauna, que já tinha ouvido falar, mas nunca tinha desenvolvido contactos tão próximos. Se calhar sou eu que estou a ficar velho, o que também é um facto, mas há ali pormenores que podemos falar um bocadinho....
Constatei que são lojas que só lhes falta os bares e cobrar à entrada para serem discotecas. Lá dentro temos música e um micro-clima que se passa do rigor do inverno cá fora para a força do verão lá dentro, só cruzando a porta. Para a próxima levo uma cerveja e encosto-me ao balcão. Pois pois, eu pensava que aquilo era só para miúdos, mas às vezes vê-se passar uma ou outra madura, já com o chassi arreado, é certo, mas nunca se sabe o dia de amanhã.
Eu ainda tentei pôr um ar jovem e moderno, mas cheirou-me que não estava a resultar, pois começaram a olhar para mim com receio que me estivesse a sentir mal. Desisti.
Fui atendido por um rapaz que se perder o emprego pode ir para regador pela quantidade de piercings que ostentava. Ao início pensei que o coitado sofria de aftas: mostrava a fala apanhada e estava sempre a sorver a baba; só depois me apercebi que tinha uma bola de ferro na língua, que combinava como um anel no beiço inferior. Aquilo ficava giro, e até gosto de ver, mas não estou habituado a acabar as frases de um empregado que vejo em sofrimento. Já o ferro sistematicamente de fora a prender no lábio inferior para dar estilo também é ótimo para evitar a ferrugem.
Outra coisa que achei curiosa: os funcionários terem decotes maiores que as funcionárias para mostrarem a tatuagem peitoral, em mandarim, dedicada a parentes próximos, certamente. Sonho um dia ver um cidadão chinês com o gémeo tatuado com palavras em português. Uma sugestão que faço aos empregados destes espaços: tentem fazer tatuagens em locais onde o esforço para mostrar o golfinho e o pôr do sol no fundo das costas não os obrigue a usar mangas no lugar do pescoço. Fica esquisito, a sério. Uma menina tatuou Henrique no pulso. Não vamos fazer comentários.
Já nem falo nas leggings para homem que estavam lá à venda. Logo pensei que aquilo eram calções de ciclista, mas não. Eram mesmo calças aconchegantes que depois de vestidas só saem com diluente e uma grosa. Nem vou perguntar onde é que ficam as bolas de bilhar e o zé besugo para não criar aqui uma conversa menos recomendável. Ainda me senti tentado a experimentar, mas não levei uma cueca condizente. Aquelas que são só um baraço, não sei se estão a ver. Segundo os entendidos fica mal usar um "saco de pão" com aquilo.
No entanto como bronco que sou, pensei que estas lojas eram destinadas somente à juventude, mas, como disse, vêem-se lá senhoras, na casa dos 50/60 anos, que ainda não perceberam que comprar roupa em lojas onde o M representa um XS numa loja normal, pode não ser a melhor opção.
Vem isto a propósito porque cruzei o olhar com uma senhora já desgastada pela erosão, que entrou na loja com os seios imponentes a abrir caminho, e munida de uma calcinha justa, elástica, tipo um paio embalado, de padrão colorido para não dar nas vistas a mais de 150 metros de distância (Os peregrinos de Fátima podiam arriscar o modelo. Parece-me bem mais eficaz que o colete). Basicamente uma mulher confiante em que o mundo está a seus pés. Eu fiquei siderado, porque admiro pessoas com a confiança lá em cima, e ninguém tem nada com isso, mas quando a vi pegar numa peça de roupa, basicamente uma tira de pano mínima, que para mim era uma fita de cabelo, mas que posteriormente percebi que era um top, compreendi que estou a precisar de sair mais.
Conclui que estou velho e ultrapassado: sinceramente não acreditava que fosse possível comprar uma muda de roupa com gabardina incluída, e que tudo coubesse num porta-moedas.
Estou a ver bem não estou?
Digo desde já que o Porto Canal devia fazer o teste do álcool e das drogas à entrada para o estúdio. No caso de não acusar nada é vestir-lhe uma camisa daquelas que apertam atrás e metê-lo numa divisão com as paredes acolchoadas.
Para sustentar que, com a adopção gay, os humanos estavam a interferir indevidamente no domínio do sagrado, Arroja socorreu-se do instrumento argumentativo mais à mão. “Eu sou um homem. Tenho órgãos genitais de homem: pénis, testículos, etc. Não fui eu que os fiz. A minha mãe já faleceu, mas posso facilmente imaginar-me a perguntar à minha mãe: ‘Olha, tu sabes fazer pénis?’. E estou a ouvir a resposta, naquele jeito muito peculiar: ‘Oh filho, eu sei lá fazer uma coisa destas’. Ela fez quatro. Mas não sabe fazer pénis”. Então quem projectou os órgãos do economista? “Foi Deus”. Pedro Arroja - Jornal I
Dito isto, estive a ouvir(aqui) e a ler o estimado Pedro Arroja, e tentando entrar naquela realidade virtual, dei de barato que tenha sido Deus que lhe "fez" o pénis. Feito por Deus, imaginei logo um pénis com uma aura celestial, um instrumento de beleza rara, e perfeito, digno de romarias para admiração de tão valiosa peça. Quem sabe ainda rendia algum para o Arroja investir num salto agulha para experimentar caminhar com os gémeos rijos. (Sugeria até que quem produz o "Pénis das Caldas", - mais conhecido como o …ok, vamos passar à frente, fosse tirar o molde do martelo de orelhas do Arroja para aumentar as vendas). No entanto, tudo corria "bem" até ele dizer que também tinha sido Deus a "fazer-lhe o cérebro". Alto!
Dois pontos:
A) Deus nunca faria um cérebro daqueles. Só se por engano trocou o cérebro de um homem de cromagnon com o dele. Ainda assim tenho dúvidas pois o homem de cromagnon já tinha inteligência e o Arroja só tem estímulos.
B) A outra hipótese é de Deus estar num dia não, e resolveu entrar de gozo com o Pedro. Agora pensem: se fez isto ao cérebro do Arroja, imaginem o pénis… Se seguiu a linha brincalhona, quem sabe se o pénis do Arroja não passa de um coto franzido para fazer pandã com o cérebro. Mas não vamos desenvolver isto…
O Arroja tem todo o direito de ter lá as ideias dele, que vão desde a admiração por Salazar, agora trazer Deus para justificar ser um homofóbico primário, e querer interferir na vida dos outros, já me parece ambicioso. Aliás, Deus deve estar todo lixado com a imagem que o Arroja anda a passar Dele. Uma imagem que levou 2000 mil anos a construir, a continuar assim pode ir ao ar em meia dúzia de dias.
A talhe de foice deixo aqui um reparo. Jesus e Deus têm que ver bem as pessoas que escolhem para se manifestarem e Portugal. Se Deus escolhe o Arroja, Jesus opta pela Alexandra Solnado. Não quero ser coiso, mas ainda somos nove milhões e de fonte segura, afianço que temos muita gente boa que foi esquecida para o feito.
Vocês dizem "lá estás tu". Então vamos lá. Quem é que pergunta a uma mãe "se sabe fazer pénis"? Ou a um pai? Eu sou do tempo que se perguntasse à minha mãe se ela sabia fazer pénis, era limpinho que me enfiava um estalo nas ventas para me pôr fino. Nem vamos chegar se me passava pela cabeça perguntar ao meu pai...
Mas atenção que a mãe do Arroja não chega a fazer a pergunta ao pai, porque "desvaloriza o pai como qualquer mulher o faz". Por aqui depreende-se que o Arroja além de pensar como um primata, é o capacho da mulher, que pelos vistos, tal como a mãe ao pai, também não lhe deve passar grande cartuxo. É não devemos condenar.
Como não tenho sentido de humor que chegue, deixo-vos o conceito de casal para Pedro Arroja:
O falo divino de Arroja mostra assim uma verdade irrefutável: para Deus, um homem é um homem, uma mulher é uma mulher, e não há confusões. Os dois complementam-se. “O homem dá à mulher direcção, indica-lhe um caminho. Uma mulher não é capaz de definir um caminho. Sem um homem, fica sem saber o que fazer. A mulher dá ao homem equilíbrio, moderação, porque um homem sozinho só faz asneiras, como beber em excesso e conduzir o carro a 200 à hora”. Pedro Arroja
Quero parabenizar a mulher de Pedro Arroja pelo belíssimo trabalho que tem feito, mas era preferível que deixasse o marido beber à vontade, e quando estivesse bêbado que nem um cacho, passava-lhe as chaves do carro para a mão. É só uma ideia para amadurecer.
Diz o Pedro Arroja que "não queria nenhuma das esganiçadas do BE". O que deve ser uma pena para a Mariana Mortágua e para a Catarina Martins. Suspeito até que elas quando pensam nele, além de arrepios, davam tudo para lhe saltar para cima...com madeiras com puas.
Por fim, a última tirada do Arroja, que prova que a mãe, coitada, realmente não sabia fazer cérebros. Diz ele que "os Negros não trabalham porque gostam de fazer sexo". Eláaaa, quase que está a falar de mim. Não trabalho e gosto de fazer sexo. A diferença é que me falta um pedacito assim para ter aquele traço africano mais vincado, mas cada um tem o que tem e dá o que pode. O Arroja além de homófobico, machista, ainda é racista. Espetacular, tanta qualidade num símio, quer dizer, homem, só". Claro que diz que não é racista: tem uma cena daquelas de pau em casa que lhe trouxeram de África, viu o Windeck, e até tem amigos negros. Não pode ser racista…
Ou talvez tenha servido de iguaria num rodízio de africanos e ninguém lhe disse que a aquilo que andava lá no meio... não eram morcelas nem ripas de salame…
Atenção que eu sei que este texto é parvo, mas ouviram/leram o Arroja, certo?
(Reposição do Facebook)
Esta nova coleção da Diesel, mais especificamente o modelo que vos mostro na fotografia. Certamente será uma nova tendência para aquelas pessoas que necessitam de estar em contacto com o chão que pisam. Claro que para usufruir do modelo na sua plenitude, convém que os dois dedos mais pequenos sejam extensíveis como estes, bastando esticá-los para sentir a superfície. São ótimos para quem trabalha na construção, pois deixando crescer a unha do dedo pequeno, dará para fazer as necessárias marcações, sem necessitar de se agachar. Para ver a temperatura da água sem se descalçar também são indicados. Outra valência que esta sandália tem é se conseguir dobrar os dedos para baixo, terá uns sapatos perfeitamente normais. Nesta situação é aconselhável colocar duas unhas postiças para que não fiquem só dois cotozinhos a aparecer. Quem concebeu este modelo podia ter feito a base do sapato maior, que comportasse os dedos todos, mas o objetivo, segundo apurei, foi abranger aquelas pessoas que só têm três dedos. O conforto desta sandália é notório e na parte onde a planta do pé não assenta, essa entrada de ar, serve como refrigerador para evitar o mau cheiro. Numa coisa o criador esteve bem. Para que o sapato não se estrague rapidamente, o dedão vai servir de para-choques, saindo da plataforma o suficiente, para que o utilizador chegue a casa com os sapatos novos e os dedos grandes dos pés desgastados o suficiente para ficarem à face.
Ou foi isto que aconteceu ou o sapato é pequeno para o pé ou o pé grande para o sapato. Ok é o mesmo. Também referir que o modelo de pés deixam um pouquinho a desejar. Não é comum ver um polvo de sandálias. Esta sandália também trás um kit de primeiros socorros e respetivo seguro. O governo quer proibir o uso desta sandália para evitar as reformas por invalidez
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