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(Faço uma declaração inicial. Tudo o que escrevi até à última crónica, partiu da premissa que teríamos de ganhar jogos para chegar à final. Faço mea-culpa)
Antes de tudo quero dizer que vi o jogo completamente descansado, com a certeza que íamos ganhar, depois de ler que Lewandoski prometeu à mãe que ia "eliminar Portugal". Não tinha hipóteses pois Fernando Santos prometeu à mulher "que ia à final"...e com a mulher não se brinca. Uma coisa é prometer à mãe, que releva tudo o que os filhos dizem e não cumprem, outra é prometer à mulher e dar o dito pelo não dito...Ui ui.
Dito isto, já nem tenho palavras. Mourinho e Guardiola, dois dos melhores treinadores do mundo, cada um à sua maneira, trouxeram coisas novas ao futebol, mas longe daquilo que Fernando Santos está a fazer: chegar às meias finais de um europeu sem ganhar um único jogo dos cinco já disputados; só para predestinados. Até parece António Costa que chegou a primeiro-ministro, sem ganhar as eleições. Ganhar para vencer, em Portugal, está a ficar démodé. Infelizmente Passos Coelho ainda faz parte do tempo das vitórias morais, e continua a comportar-se como se fosse primeiro-ministro, e se alguém lhe passasse cartão, além do Shauble e da gorda alemã.
Para verem a proeza do feito, a Polónia, venceu dois jogos e foi para casa, número máximo de vitórias que podemos alcançar até o fim do europeu. Dizia um comentador, que Portugal tem tido a "estrelinha" de campeão. Portugal não tem tido estrelinha de campeão, Portugal reservou uma constelação. Hoje o selecionador nacional esticou-se e quis mostrar ao mundo que tem tudo controlado. Está tranquilo. Nós é que nos podemos ficar com estes jogos, dado não sermos pessoas com tanta fé. O engenheiro leva a fé tão a sério, que a Nossa Senhora do Caravaggio, a Santa Protetora de Scolari, nem sequer entrou nos 7 Santos Protetores convocados pelo selecionador nacional. Para Santos, só Santos de confiança! Acredito até que devemos ter um Santo grego. Nada mais justo que vermos um dos Santos Protetores de Fernando Santos receber o Santo de Ouro, na eleição para a UEFA do melhor Santo Europeu.
Apesar de tudo, é opinião unanimemente aceite que dos cinco jogos disputados, este foi o empate mais convincente, aquele de encher o olho; no fundo, um empate sem espinhas. Foi um empate que nos reforçou as esperanças de podermos empatar o próximo jogo.
O selecionador nacional disse no fim do jogo que, "sentiu muita inexperiência no meio campo, por ser jovem, e que isso paga-se caro". Sem dúvida, todos eles são jogadores que não estão habituados a jogar para o empate, e uma vez por outra tentam ganhar o jogo, e isso destabiliza a equipa. Eu começo a dar a mão à palmatória, o engenheiro é que sabe!
Um pouco por essa Europa fora, mutos analistas dizem que ainda não perceberam a forma de Portugal jogar. Que em cada jogo apresenta-se de uma maneira diferente. Mas amigos, este é o segredo. João Mário no Sporting joga ao centro e na direita, na seleção, joga à esquerda. Renato Sanches contra a Polónia, na primeira parte fez um jogão à direita, não segunda, foi enviado para a esquerda. Até Fernando Santos que é engenheiro surge como selecionador. Mesmo Ronaldo ultimamente tem tido momentos frente à baliza em que se disfarça de Eder só para baralhar as defesas. São estas combinações sem sentido que acabam por confundir os nossos adversários e nos guindam às...coisas (ia dizer vitórias).
Por fim, depois do Shauble vir fazer um frete aos especuladores, para nos irem ao bolso, dizendo que Portugal precisava de um novo resgate financeiro, vimos em campo outro gatuno alemão, que nos queria gamar as meias-finais, ao não assinalar duas grandes penalidades. Venham esses alemães na final (calma, que ainda falta um empate para a final)!
É continuar neste caminho! O caminho da fé. Se a fé move montanhas, quem sabe não move o caneco para as nossas mãos?
Força Portugal!
Bom fim-de-semana a todos!
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