Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]




A grande Maria Vieira

por Gajo, em 02.06.17

A Maria Vieira segue uma linha de raciocínio complicada que é a generalização. Para ela todos os muçulmanos são terroristas. É o mesmo que eu dizer que todas as mulheres pequeninas e que os maridos lhes escrevem os textos, porque não sabem escrever (foi o Herman José que disse), são burras. E não são. Pode é haver uma ou outra que é.

 

A meu ver a solução de limparmos os muçulmanos todos parece-me curta. Pois a ETA, o IRA, etc, mataram milhares e eram europeus. Quem nos diz que não irão aparecer outros movimentos destes? Ainda no outro dia puseram uma bomba numa carta de um ex primeiro ministro grego, e não foram muçulmanos. Ou tal como o Anders Breivik, cidadão louro e de olhos azuis, residente na Noruega, um claro muçulmano, que matou 77 jovens por causa de "ideais".

Dito isto sugiro o extermínio da totalidade da raça humana, poupando-se a Maria Vieira e o marido, para assim ficarem segurança. Ainda aparecia algum maluco que não gosta de mulheres pequeninas e era uma chatice.

 

A verdade é que as últimas décadas foram o período onde se morreu "menos" em solo europeu por causa do terrorismo. Isto são factos à disposição de todos. Não é nenhum consolo, mas deve fazer-nos pensar. O terrorismo não é uma moda recente. A diferença é que era com os outros e hoje já nos pode tocar a nós.

É certo que temos medo, e o medo tolda-nos as ideias. É o instinto de defesa. O problema de quem não tem nada é que nada tem a perder e isso é o mais perigoso. Principalmente quando liderados por pessoas que não se regem por nada além da maldade. Não tentem encontrar lógica no terrorismo porque não tem. E é isso que nos desassossega e os torna perigosos e imprevisíveis. É a religião, a vida do ocidente, a música, etc. Tudo é razão, tudo é válido. Depois não têm "quartel", e nas guerras o inimigo costumava ter. Atacamos onde e o quê?!

 

Por vezes faço este raciocínio: num barco vêm 999 pessoas de bem a fugir da morte e a milésima é um terrorista. Deixamos morrer as mil para termos paz? São crianças, mulheres, homens, pessoas como nós. Nem todos são animais. O melhor exercício é passarmos para o lugar deles. Se víssemos os nossos filhos em perigo e as nossas filhas a serem violadas, sem nada podermos fazer, será que gostaríamos, que quem pode, os ignorasse ou os deixasse morrer no mar, quando fugiam à sorte deles, porque ao domingo queriam ir à bola descansados? Estas pessoas não são mais que o produto deste mundo, que é da Maria Vieira também, e daqueles que ela defende, e deixá-las como alimento aos peixes não sei se é justo. Mas cada um dirá de sua justiça.

 

É um facto que é preciso resolver isto, ou tentar, e não é com bombas enviadas do céu que vamos lá. Só matam mais inocentes e são combustível para o ódio. São precisas tropas no terreno, mas isso causa baixas, e faz perder votos na próxima eleição. Logo, a situação também não se resolve porque há milhares de interesses envolvidos e nunca esqueçam que o ocidente têm muita culpa do que se passa, daí que o fenómeno do terrorismo há muito que exista por parte do medio-oriente contra o ocidente. Alguns pensam que é de "agora", mas já vem dos anos 60/70, tal como o conhecemos.

 

É importante ter presente, entre muitas outras brincadeiras, que a Coligação, que Portugal fez parte, invadiu o Iraque e matou milhares de inocentes por causa das armas químicas, que não existiam e afinal se chamavam petróleo. Vão por mim: estas iniciativas não fazem amigos. Se eu for à vossa casa, partir aquilo tudo, e limpar parte da vossa família, para vos ficar com o dinheiro que têm debaixo do colchão, garanto que não faço de vocês amigos para a vida.

 

Já agora, não esquecer que estes mesmos terroristas foram armados pelo ocidente para em determinada altura defenderem interesses comuns. Até o Trump que é um ídolo para a Maria Vieira, tem negócios particulares com a Arábia Saudita, país que financiou e de onde saíram os rapazes que atacaram as torres gémeas.

 

Isto é um tema demasiado coiso para ser falado com ligeireza. Falamos da vida humana e por alguma razão se diz que "mais vale libertar mil criminosos que condenar um inocente"...

 

E a Maria Vieira que se desengane se pensa que é com uma cancela na fronteira que a coisa se resolve. Não sei a solução para isto, sei que está complicado, mas continuo a dizer que nem todas as mulheres pequeninas e que os maridos lhes escrevem os textos são burras, sendo que as que não são, não devem usar as orelhas de burro por causa das que são.

 

Por fim sublinhar que a Maria Vieira tem todo o direito à sua opinião, e quem não concorda, todo o direito de discordar.

Isto ficou demasiado sério não ficou?

 

publicado às 10:30



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Siga o Gajo no Facebook


Mais sobre mim

foto do autor








Arquivo

  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2016
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2015
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D