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O 25 de Abril foi porreiro para que eu pudesse dizer disparates. Só por isso já valeu a pena. A meu ver, claro. Muitos dirão que mais valia estar calado. Uma opinião tão válida como as minhas. E é isso que ainda deixa muita gente aborrecida.
Não valorizamos o justo, mas quem fez o 25 de abril tinha uns tintins do tamanho de duas bolas de bilhar. Para mais, foram a caminho de Lisboa em chaimites. Um veículo discreto. Imaginem irem à festa de aniversário de um amigo, de cueca de lantejoulas e bota de bico, e esperarem que no caminho ninguém vos visse para ser surpresa.
Se não tivesse havido o 25 de abril e existisse facebook, só poderíamos ter três "amigos"...mais que isso seria uma conspiração.
O 25 de Abril foi O Dia da Liberdade, e o 25 de Abril de 2017, foi o dia de liberdade para Cavaco Silva. Foi a primeira vez desde há muitos anos que ficou livre de ter de comparecer nas comemorações desta data, que tanta urticária lhe provoca. Acho até que na terça-feira não abriu as janelas nem ligou a televisão para que o dia passasse rapidamente.
Suspeito que se Cavaco Silva não tivesse enveredado pela política, hoje seria taxista, a profissão onde o Oliveira é mais venerado.
A liberdade tem esta coisa gira que é permitir que quem não a aprecia (para os outros), o possa dizer.
Ps - Dizia uma senhora numa antena-aberta, que antes do 25 de abril não havia violência doméstica. Havia, só que não se sabia: não existia a CMTV. Ainda o marido não sabe que vai bater na mulher já a CMTV está em directo.
Tal como qualquer um de vós tenho acompanhado esta questão da vacinação com interesse, e o que mais me inquieta como é óbvio é o flagelo das várias formas de dizer "vacinas".
De todas as que ouvi, a vencedora foi a de um senhor de Alpiarça, e gerente de loja, que disse "bacinas". Espectáculo. "Estás bacinado" ou vais-te "bacinar" só compete com uma "selada" e uma ida ao "cnema".
Mas não ficamos por aqui. Como faço trabalho de pesquisa em temas importantes como este, fui à procura de mais variantes. Então descobri mais três opções: "vácines", que é dito provavelmente por gente que vai muito a França; "vácinas", que não engana e é usado pelas "tias da linha". "Vá, o querido vá, vá levar as vácinas"; e "bácinas", pronunciado garantidamente por familiares do Senhor de Alpiarça, que já usam o novo acordo ortográfico.
É verdade que perdi algum tempo a ouvir os argumentos dos que são contra a vacinação, mas preferi ir ler sobre as provas irrefutáveis que existem sobre a Uber já ter OVNIs a fazer o Conde Redondo, Lamego, via Saturno.
Também não é de estranhar pois a SIC já tem cartomantes a fazer diagnósticos médicos por sessenta cêntimos + iva. Sem IVA é tipo clínica geral. Gripes e coisas do género.
Por acaso até fui à procura do meu boletim de vacinas. A última vez que o tinha visto ainda não fazia depilação. Basicamente na altura parecia um ouriço com peladas; mas felizmente não era por falta de vacinas. Estava junto a um disco em vinil das Doce, e por cima da fotografia de uma namorada que tive que se chamava Samantha Manuela. Calma que depois disso já fiz análises.
Tenho o boletim todo carimbado, o que diz que sou uma "bacina" humana.
Sobre esta coisa das viagens de finalistas a Espanha só falto eu falar sobre o tema, com a eloquência que me é conhecida. Achei esta frase gira, a ver se consigo que vocês leiam o que escrevi, e quem sabe até, possam partilhar e comentar.
Primeiramente quero dizer ao dono do hotel que simpaticamente pôs álcool a escorrer das torneiras, para mil miúdos, sem vigilância, que foi uma sorte o hotel ainda estar de pé e não ter sido ele a ser recambiado para Portugal dentro de um colchão. Se repararem o Papa vem a Fátima, no que se espera ser um encontro pacato, e vão gastar-se milhões de euros em segurança. E em Fátima segundo as últimas notícias nem irá haver bar-aberto.
A segunda coisa que quero referir é que se fosse no meu tempo não passávamos da fronteira, nas rusgas da GNR aos autocarros à procura de haxixe. Não deixa de ser curioso que em Portugal se tente tirar as drogas aos miúdos, também para eles se portarem bem, e se chegue a Espanha e lhes deem mangueiradas de vodka.
É óbvio que qualquer um de nós nunca cometeu excessos em jovem. Eu por exemplo nas minha visitas de estudo acabava a noite a fazer um sarau de poesia, para me levantar fresquinho pois estava louco para ir visitar museus. Tudo isto enquanto os meu colegas iam beber uns copos, estar com raparigas, e ouvir música, tudo coisas do demónio.
Meus amigos, quem é que nunca alugou uma casa para fazer a passagem de ano e, de manhã, encontrou o bidé na cozinha a fazer de lava-loiça; um sofá junto à piscina; ou acordou numa zona de guerra, com uma desconhecida a falar estrangeiro vestida com o cortinado da sala? Eu não, claro, mas olhem que é mais comum do que se pensa.
Outra coisa, é a inocência do dono do hotel, que acreditou que se desse bar-aberto a mil putos, sem os ter bem vigiados, que às 10 da noite eles estariam na cama a ver o Panda, em vez de estarem a redecorar o hotel. A situação das televisões nas banheiras e as mangueiras desenroladas, tem muito a ver com um gosto pela decoração que tem crescido nos portugueses, desde que começou o Querido Mudei a Casa.
Já estou a imaginar o dono do hotel a dizer aos filhos quando vai passar o fim-de-semana fora, para levar os amigos lá para casa, que há vinho na prateleira, e que deixou o frigorífico cheio de cerveja, à espera que jovens cheios de testosterona e álcool se portem como acamados. Para mim isto tudo é como jogar à roleta russa com o tambor do revólver cheio de balas, e esperar que quando se apertar o gatilho, saia um dedinho a fazer cafuné.
No futebol há segurança; nos concertos também; em zonas de diversão idem, etc, por alguma razão, e estamos a falar de locais onde estão envolvidos adultos. Aliás no futebol nem se pode vender álcool, e não é por causa das crianças. Onde há álcool os cuidados devem ser redobrados. Já neste hotel dá-se álcool a crianças e é deixá-las em roda-livre. Certo!
E não, não estou a defender o que se passou, mas é preciso ver o quadro todo: se aquilo não fosse rentável para os hotéis espanhóis, acham que se mantinha há anos o convite para os alunos portugueses irem lá gastar uns milhões e partir aquilo? Apostam que para o ano este hotel recebe outros mil?
O hotel abarbatou-se com 40€ de cada miúdo e vai acionar o seguro, por causa de uns azulejos, uma televisão, alguns colchões, umas mangueiras esticadas, e uns extintores que ficaram vazios. Parece-me um belíssimo negócio: 40 mil euros e mais o seguro. O preço do colchão em Espanha está pela hora da morte. Os miúdos, alguns foram parvos, é certo, mas o dono de hotel de parvo não tem nada. Com uma migalha do valor tinha contratado segurança, os miúdos ainda lá estavam, e o hotel estava um brinco. Só não era tão rentável, não é?
Lembro-me perfeitamente da minha turma ser proibida de participar numa visita de estudo, por causa do barulho e de ter surripiado a venda de dormir a um dos professores. Imaginem descobrirem aos 17 anos que um professor dormia com um pano preto nos olhos? Isso é provocação. Tínhamos de fazer algo...
Fomos castigados, tal como estes miúdos serão apertados pelo que fizeram. Com isto irão crescer: uns tornar-se-ão Homens, outros delinquentes, e é assim desde sempre. Os jovens podem ter defeitos, mas oferecer-lhes álcool 24 horas por dia, para lhes sacar dinheiro, não os vai fazer perfeitos. Vão por mim.
Até eu que não era flor que se cheirasse em ambientes de folia acima do habitual, hoje não consigo trazer uns chinelos de um hotel e tenho vergonha de deixar o quarto desarrumado.
Por fim deixo a prova que estes miúdos ainda estão a crescer e de certeza que chegarão à altura de perceber que só no dia em que nos despedimos e já temos o cheque na mão é que dizemos tudo o que pensamos ao patrão.
E pronto, está feitinho.
Gostava bastante que vissem este vídeo, e quem sabe possam mudar a má imagem que têm de Dias Loureiro, para mim uma pessoa injustiçada. Muitos não imaginam, mas este homem enfrentou várias dificuldades que a vida lhe colocou (que relata no vídeo), em prol de todos nós.
Publicamente quero endereçar as minhas desculpas aos cidadãos Dias Loureiro e Oliveira e Costa, por ter desconfiado que estariam envolvidos em coisas menos próprias que levaram à falência do BPN. Vem isto a propósito do arquivamento do "Ministério-público do inquérito contra Dias Loureiro e José de Oliveira e Costa, relacionado com o caso BPN", por não ter conseguido reunir "prova suficiente".
Acho muito bem! Ter provado que houve "engenharias financeiras complexas"; "decisões de gestão que levantaram suspeitas sérias"; "dúvidas sobre os reais fundamentos dos negócios"; e "pagamentos de comissões não justificadas", não chega para incriminar alguém. São precisas provas sérias!
Se tivessem pedido ao Dias Loureiro e ao Oliveira e Costa para enviarem os talões a comprovar as transferências dos "pagamentos de comissões não justificadas, não estávamos aqui com estas dúvidas. Só com isto não se passa de pás de lama sobre pessoas que fizeram da seriedade o lema das suas vidas.
Felizmente os investigadores não são pessoas cândidas que se deixam influenciar pelas aparências. São pessoas que se apanhassem a mulher com o melhor amigo, nus, na cama, a fumar um cigarro, não tiravam conclusões precipitadas, que por exemplo estariam a fazer amor. Meros indícios! O facto do melhor amigo se ter posto debaixo da cama é derivado a gostar de jogar ao esconde-esconde. Resumidamente o Ministério-Público reuniu provas que alegadamente são uns trafulhas, mas não as necessárias para retirar o "alegadamente".
Por estarmos em altura de milagres faltam provas que não foi o "espírito santo" que se orientou com o papel do BPN. E como sabem o Espírito Santo está no meio de nós e por conseguinte metido em tudo. Curiosamente a este ninguém lhe deita a mão...Pois...
Para quem se lembra, Oliveira e Costa, na Comissão de Inquérito que investigou o caso BPN, fez mea-culpa, e assumiu implicitamente que geria o BPN como se de uma taberna se tratasse. Agora pensem comigo: como é que são feitas as contas nas tabernas? Eu respondo: papel manteiga. Para onde é que vai o papel-manteiga ao fim da noite numa taberna? Lixo, é claro! Agora pergunto: que culpa têm os homens?! Ainda por cima faziam reciclagem, além de cortarem o papel em tirinhas por causa do volume.
Se mais dúvidas houvesse que sou uma besta, e raramente dou ouvidos a pessoas que muito têm para me ensinar, como o Doutor Pedro Passos Coelho, que em 2015 alertou que Doutor Dias Loureiro era um "exemplo a seguir", e "alguém que conheceu mundo, um empresário bem-sucedido"; e que a Portugal faziam falta mais pessoas como ele para termos um país "pujante".
Se eu fosse inteligente tinha-me orientado no BPN e era hoje um Gajo cheio de "mundo", um "empresário bem-sucedido", e esta página chamava-se "Finalmente Sou Um Gajo Carregado".
Para terminar, o Estado já enterrou quase 16 mil milhões na banca, e cada português, mesmo que tenha 1 dia de vida, tem que abonar cerca de 1500 euros para cobrir o buraco. Felizmente, Ricardo Salgado, Oliveira e Costa, e Dias Loureiro, etc, são portugueses, e também eles contribuem com os seus 1500€, para este esforço coletivo.
E pronto, era só isto.
ps - atenção que o caso BPN continua a ser investigado, até ser tudo absolvido, arquivado, ou ter prescrito.
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