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Não se assustem com o que aí vem e tentem ler esta treta até ao fim, que constatam que ainda não estou maluco.
A ) O resultado do hoje é o produto do processo de obstrução da mente que te mente, que te tolhe, e prende-te às amarras do nada. Sabes que a libertação está nas profundezas alma livre, indomável, onde só tu tens a chave e o código. O medo e o receio são os amigos das horas perdidas, que te falam ao ouvido quando olhas o sol que brilha e queres correr para a espuma das ondas; mas que te recolhem ao recato do sombrio para que não acendas a luz. O terror do amanhã não te deixa viver o hoje, e prende-te ao ontem.
B) As mãos que te percorrerem os dedos que deixas partir na saudade do toque que não mais irás sentir. A lágrima salgada que correu quando a deixaste fugir, porque não lutaste pelo sonho que é agora ausente. A dor que te corta o sono, que te faz viver o sangue a correr nas veias é a companhia que quiseste por perto. O ego tomou-te, dominou-te. Estás submerso na água das recordações, e sempre que tentas emergir, és puxado para as profundezas do vazio. Agora é tarde para lamentares o visor que não acende, o telefone que não toca. O passado tornou-se o hoje, o hoje não existe, e o futuro ficará preso ao passado.
Eu sei que ficaram assustados, mas calma, as barbaridades que escrevi foram só uma experiência. Está na moda escrever livros de auto-ajuda e com cenas assim a dar para o profundo. Quem sabe é uma saída. É bem mais fácil que escrever humor. Basicamente diz-se meia dúzia de banalidades como se estivéssemos a arrancar um dente. Tem que meter dor e parecer que estamos mesmo envolvidos e a acreditar nisto. É pensar numa frase trivial e óbvia para todos, e encher chouriços com palavras intensas e meio caras. É só trocar sentidos, inverter ideias, repetir, ou dizer as coisas com ar intelectual. Culpar o leitor pela vida que tem, o que apesar de ser lógico, é fundamental para ter sucesso. Fazê-lo sentir mal com isso, é um miminho que não deve ser deixado de lado. O uso excessivo de palavras como o ontem, o hoje, o passado, o presente, o futuro etc, também é valorizado. A melhor parte é que em 5 minutos, nem tanto, se escreve isto.
Frases das quais parti para escrever os dois parágrafos:
A) "Não te faças à estrada não".
B ) "Ela já se pôs ao caminho; já foste".
Dou o braço a torcer. Só com estas duas frases não tinha tanto impacto.
É este o meu caminho?
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