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A) Estava a ouvir Marques Mendes no seu comentário semanal na SIC, e fiquei sem dúvidas das razões de se ter tornado o Rodapé mais famoso de Portugal a falar de política. Como todos sabem, ao Novo Banco foi-lhe perdoado 80 milhões de impostos, e segundo se soube na semana passada, teve mais 200 milhões de prejuízo. Ora, 80 + mais 200 milhões de prejuízo dá... "120 milhões de lucro para o estado", segundo as contas estranhas do Rodapé - e o Marques Mendes recebe dinheiro para nos insultar. Espantoso! Se calhar Marques Mendes dormiu com os pés fora do berço. Este QI, só é comparável a um robot de cozinha, dos antigos, porque os novos já não se esquecem que abriram empresas, fundações com o Primeiro-Ministro, ou de pagar 800 mil euros ao estado num negócio de vendas de ações . Não é só o tamanho do Marques Mendes que é pequeno, a memória ainda é mais, mas em compensação tem a desonestidade de um latagão de 1,30 - perto dele é um gigante. O mais fofinho ainda é a forma como Marques Mendes começa o seu exercício de criatividade intelectual, a que chama "comentário político": "vou começar o meu comentário com a objectividade que me é reconhecida". Pelo que vimos, a honestidade e a objectividade do Rodapé, é pouco mais que um carro com a direcção desalinhada, que se tirarmos as mão do volante faz inversão de marcha sozinho, ou vai para as coordenadas que "Coligação" meteu no GPS.

 

B) Tanta gente que fala mal da nacionalização da banca, mas a banca só é privada enquanto há lucros para dividir. Quando falta o papel é como se fosse uma empresa do estado, a "bem da estabilidade financeira". É como ir sair como uma namorada, fazer o amor ao fim da noite, e mandar a conta do jantar e das flores para a Maria Luís. Assim vale a pena viver.

 

C) Ainda sobre a venda do Novo Banco os chineses não compreendem, pois se o estado vendeu de borla os CTT, a EDP, e a Fidelidade, etc, que deram lucros chorudos 35 minutos depois da compra, porque é que querem vender o Novo Banco por um preço justo? Para os chineses o estado português funciona como a loja do chinês, em Portugal.... para chineses. A diferença é que compram barato e bom em vez de barato e mau. Vejamos: se lhes comprarmos coisas, o barato sai-nos caro, como aquelas luzes de natal, que se as acendermos estamos sujeito a sermos nós a dar luz pelos olhos; mas se forem os chineses a comprarem ao estado, o barato também nos sai caro, pois compram empresas lucrativas a preços de luzes de natal da loja do chinês. Eles dizem, "ah e tal ficamos com o Catroga, já não têm que lhe arranjar um tacho, e ele é paga-se bem". Visto assim o negócio não parece tão mau.

 

D) Eu ainda pensei em candidatar-me a Primeiro Ministro, mas é o pior emprego do mundo. Passo Coelho se perder as eleições lá terá que ir trabalhar de borla para a Tecnoforma, ou gastar o pé de meia que fez enquanto não pagou a segurança social. Já José Sócrates, quando saiu do lugar, foi estudar para Paris às contas da mãe, teve que pedir dinheiro a amigos para beber uma sede de água, e agora vive na casa que a ex mulher lhe facilitou. Quem é que quer ser primeiro ministro para passar estas provações?!

 

E) Sobre a campanha: está espetacular! Se pusessem um polígrafo ao Passos tinham de dotar a máquina de um tinteiro de 25 litros, e mesmo assim, suspeito que a agulha à segunda pergunta se partia ao meio. Já António Costa, mostra o livro com as respostas todas, mas quando lhe fazem uma pergunta põe as pessoas a pensar…que o "Seguro" sabia responder àquela.

 

F) Para terminar, volto ao tema dos comentadores: é maravilhoso apreciar o Rendeiro, que rebentou com o BPP, homem de cambalachos e processos em tribunal que todos conhecemos, a dar explicações sobre a venda do Novo Banco. Já faltou mais para Vale e Azevedo dar consultoria ao tribunal constitucional, ou a Cicciolina aconselhamento matrimonial. Última palavra para o Relvas: o que disse não ouvi, aliás quando começou a falar pensei que o ruído que vinha da televisão era sinal que estava a dar o berro. Depois é que percebi que era ele a falar de política. Mas com o que fiquei fascinado foi com a exibição da camisa aberta quase até aos mamilos, ostentando o nível que tem (de bidé usado e não lavado a seguir à utilização), e da necessidade de passar uma telha no peito para dar uma aparadela nos pêlos; para quem reparou no blazer, rapidamente saltou à vista que em vez de um lenço discreto, era exibido um jogo de atoalhados vermelhos a sair por fora do bolso. Um homem completo!

publicado às 11:12


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